Iggor Cavalera comenta que sempre tentou ter “mente aberta” e diz: “metal às vezes pode ser muito conservador”
Em um nova entrevista a Metal Hammer, Iggor Cavalera, falou como sempre procurou ter a mente aberta durante sua longa jornada no heavy metal, e prova disso, foi o disco do Sepultura, “Roots”, que trazia uma sonoridade diferente do que a banda vinha praticando até ali. Ele comenta:
“Sempre tentamos ter a mente um pouco mais aberta ao escrever e colaborar com outras pessoas. Coisas como Soulwax ou Ladytron, tudo decorre desse estado de espírito de querer trocar ideias.
Roots’ foi o ponto culminante de muitas dessas coisas das quais estamos falando – ter a mente aberta, tentar experimentar estilos diferentes e ultrapassar os limites das coisas dentro de uma cena que às vezes não é progressiva.
Quando você pensa em metal, às vezes pode ser muito conservador, e o ‘Roots’ surgiu em um momento em que estávamos tentando ultrapassar esses limites, respeitando o que estávamos experimentando. Para nós foi um pouco chato ter que fazer o mesmo disco repetidamente”
E complemente falando sobre a importância de outros estilos em sua musicalidade:
“Sim, quero dizer, isso vem das primeiras ideias do Sepultura, onde estávamos fazendo covers de bandas como New Model Army ou até Bob Marley. Sempre tentamos ter a mente um pouco mais aberta ao escrever e colaborar com outras pessoas. Coisas como Soulwax ou Ladytron, tudo decorre desse estado de espírito de querer trocar ideias.”
Iggor ainda comentou sobre o que vem chamando a sua atenção atualmente na música. Ele comenta:
“Tem muita música incrível no momento, cara. Tipo, de coisas pesadas a experimentais. Um dos meus bateristas favoritos no momento que me inspira muito é o Mariano do Deafkids. Eu não sei se você já os viu ao vivo, mas aquele cara é uma fera, ele é como um Ginger Baker africano de certa forma. A maneira como ele joga é tão pouco ortodoxa.”
Atualmente, Iggor trabalha junto do irmão, Max, no Cavalera Conspiracy, e também tem feito turnês especiais comemorando discos do Sepultura. Fora do metal, ele está trabalhando com a banda Petbrick, que traz um som bastante distante do tradicional que o baterista executa e você pode conferir no vídeo abaixo: