In Flames – “Reroute to Remain” (relançamento Shinigami Records)
O título do sexto disco do In Flames, “Reroute to Remain” é uma máxima do que a banda faria em sua trajetória. Algo como “redirecionar para permanecer”, e foi exatamente isso que eles fizeram no disco em questão, que ganha um novo relançamento pela parceria Nuclear Blast e Shinigami Records.
No registro, a banda abandona de vez o som do começo, e busca trilhar caminhos mais modernos, sem deixar seu peso de lado. Como a faixa título que abre o registro e leva o disco para os caminhos que seriam marca do grupo. A seguinte, “System”, mistura o peso melódico e solos de teclados, com um refrão grande e marcante, e que torna a música uma das mais marcantes do registro. “Drifter” é rápida, groovada e traz a veia death metal visceral que o In Flames, nunca deixou de lado. Na sequência, dois clássicos absolutos da banda surgem. “Trigger” é a primeira delas, com cadencias nos versos e um refrão impactante e que pode ser muito bem uma ótima música a se apresentar o grupo para alguém, com ótimos linhas vocais de Anders Fridén. Em seguida, “Cloud Connected“, e seus teclados iniciais puxam um verso mais brando explodindo outro refrão marcante. A faixa é um divisor de águas para o In Flames, onde eles beberam de fontes do metal alternativo e o metalcore americano, o que causou uma certa aversão por parte de seus fãs, que acharam que a banda estaria se perdendo em um momento em que outros sons ganhavam mais destaque, quando o disco foi originalmente lançado em 2002.
Daí em diante, vemos a forte “Transparent”, que traz mais uma vez ótimas linhas vocais e a balada soturna “Egonomic”, que é uma sacada ainda não muito habitual a banda naquele período. “Minus” é agitada, veloz e certeira. “Dismiss The Cynic” é a mais sonsa do registro, e nesse ponto se faz pensar se a segunda metade do álbum seria mesmo necessária, contendo ao todo 14 músicas, pois algumas das faixas parecem apenas se repetirem com poucas mudanças de andamento.
Ainda assim, aos menos puristas, “Reroute to Remain“, traz ótimas músicas e uma produção muito boa, que mostra uma banda que não quis ficar na zona e conforto e quis buscar além, mesmo que isso não agradasse sua base e fosse arriscar um público já ganho, e isso já merece um bom aplauso.
NOTA: 7