Iron Maiden: 36 anos de “Seventh Son of a Seventh Son”

Há 36 anos, em 11 de abril de 1988, o Iron Maiden lançava “Seventh Son of a Seventh Son“, sétimo álbum da rica discografia dos britânicos e que é tema do nosso bate-papo desta quinta-feira, dia de TBT.
A banda vinha do igualmente clássico “Somewhere in Time“, álbum que foi bem premiado por suas vendas, inclusive no Brasil, onde foi certificado com Disco de Ouro. Então, entre 1987 e 1988, o então quinteto embarcou para a Alemanha, onde na companhia do parceiro de longa data, Martin Birch, que assinava mais uma vez a produção do aniversariante do dia. O estúdio utilizado foi o Musicland Studios, na cidade de Munique.

Musicalmente, a banda começou a explorar os caminhos do Progressivo. Manteve os Sintetizadores utilizados no seu antecessor e pela primeira vez, incluiu teclados em suas canções. O álbum conta com diversas canções co-escritas por Bruce Dickinson, que teve suas ideias rechaçadas em “Somewhere in Time“. Ele sentia que havia perdido espaço na banda, pois era “apenas”, o cantor. Mas tudo mudou quando surgiram as ideias em torno do conceito do homenageado de hoje. Bruce Dickinson explicou em entrevista.

“Eu pensei, ‘Que ótima ideia! Brilhante!’ E é claro que também fiquei muito feliz, porque ele realmente me ligou para falar sobre isso e me perguntou se eu tinha alguma música que pudesse se encaixar nesse tipo de tema. Eu fiquei tipo, ‘Bem, não, mas me dê uma minuto e verei o que posso fazer”.

Trata-se de um álbum conceitual, que traz a lenda do sétimo filho do sétimo filho e dos poderes que este viria a ter. Na parte lírica, a banda abordou diversos temas como visões proféticas, misticismo, reencarnação e vida após a morte. A ideia sobre o álbum veio de Steve Harris, após ele ler o livro “Seventh Son“, de Orson Scott Card. O baixista lembrou certa vez em entrevista como as coisas aconteceram. Aspas para ele:

“Foi o nosso sétimo álbum de estúdio e eu não tinha um título para ele ou nenhuma ideia. Então eu li a história do sétimo filho, essa figura mística que deveria ter todos esses paranormais. presentes, como segunda visão e o que você tem, e foi mais, no começo, que era apenas um bom título para o sétimo álbum, sabe?Mas então liguei para Bruce Dickinson e comecei a falar sobre isso e a ideia simplesmente cresceu. “

A arte da capa, assinada por Derek Riggs, mostra uma imagem um tanto quanto simples, com Eddie desenhado só pela metade. O artista explicou que a maçã em uma das mãos da mascote representa o Jardim do Éden e que a cabeça pegando fogo foi um “símbolo de inspiração”, segundo as suas palavras.

Bolacha rolando, temos 43 breves minutos, divididos em 8 faixas que fazem deste disco tão especial. Todas as músicas são acima da média, mas alguns clássicos eternos do Iron Maiden surgiram aqui, como “Can I Play With Madness“, “The Evil That Men do” e “The Clairvoyant“, que são músicas que realmente fazem a diferença e quase sempre estão marcando presença nos shows do Iron Maiden até hoje. Durante a turnê, chamada de 7th Tour of 7th Tour, a banda se apresentou pela Europa e Estados Unidos, onde o ápice desta tour foi a apresentação no lendário Monsters of Rock, que era realizado no autódromo de Donnington Park. Só para que o leitor mais novo tenha ideia, esse festival era o que hoje é o Wacken Open Air. Entre 2012 e 2014, o Iron refez essa mesma turnê, chamada de Maiden England Tour.

O play marcava a despedida temporária do guitarrista Adrian Smith. Ele ainda faria a turnê e sairia antes da gravação do sucessor, “No Prayer for Dying“. Ficaria 9 anos fora, retornando junto com Bruce Dickinson, assim fazendo parte do lineup que perdura até os dias atuais. Na ocasião, ele estava insatisfeito com o direcionamento musical que a banda estava tomando e ele explicou isso. Vamos abrir aspas para o guitarrista.

“(Eu) achava que estávamos indo na direção certa com os dois últimos álbuns e que precisávamos seguir em frente, e simplesmente não não me sinto assim”.

Seventh Son of a Seventh Son” foi o segundo álbum da Donzela a alcançar o topo das paradas britânicas, sendo “The Number of the Beast” (1982) o primeiro. A banda repetiria dose por mais três oportunidades, com ‘Fear of the Dark” (1992), “The Final Frontier” (2010) e “The Book of Souls” (2015). Além disso, o álbum ficou em 1° na Finlândia, 2° na Holanda, Suécia e Suíça, 3° na Nova Zelândia e Noruega, 4° na Alemanha, 6° na Áustria e 12° na “Billboard 200“. Foi certificado com Disco de Ouro no Estados Unidos, Reino Unido, Suiça e Alemanha, e com Platina no Canadá.

Em Outubro de 1995, uma semana depois do lançamento de ‘The X- Factor”, o álbum foi relançado pela Castle, com um CD bônus, que trazia para os fãs versões de músicas como “Prowler“, “Black Bart Blues“, “Charlotte the Hariot“, além de faixas ao vivo como “The Clairvoyant“, “The Prisoner“, “Killers” e “Still Life“.

Um belo disco que completa seus 36 anos e segue como um dos nortes dessa que é uma das mais bem sucedidas bandas, em termos comerciais. Hoje é dia de celebrar mais um aniversário desse play que envelhece muito bem. O Iron Maiden já tem um encontro marcado com os fãs brasileiros, nos dias 6 e 7 de dezembro, somente em São Paulo. Vamos escutar esse disco no volume máximo, porque ele merece. E nossos ouvidos também.

Seventh Son of a Seventh Son – Iron Maiden
Data de lançamento – 11/04/1988
Gravadora – EMI

Faixas:
01 – Moonchild
02 – Infinite Dreams
03 – Can I Play With Madness
04 – The Evil That Men do
05 – Seventh Son of a Seventh Son
06 – The Prophecy
07 – The Clairvoyant
08 – Only The Good Die Young

Formação:
Bruce Dickinson – vocal
Steve Harris – baixo/ sintetizadores
Adrian Smith – guitarra/ sintetizadores
Dave Murray – guitarra
Nicko McBrain – bateria

One thought on “Iron Maiden: 36 anos de “Seventh Son of a Seventh Son”

  • junho 30, 2024 em 11:07 pm
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    Grande album, grande clássico!!!! Valeu!!!!

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