Já disponível “Acoustic In Hell”, novo disco do Eleine

Uma boa música é uma boa música. Parece clichê mas, na verdade, há muita verdade nisso. Uma boa música tem que funcionar em qualquer ambiente em que seja tocada, seja em uma arena lotada ou em um ambiente acústico intimista. A banda sueca de Dark Symphonic Metal ELEINE internalizou esse pequeno pedaço de sabedoria e o enraizou profundamente em sua integridade artística. Não há outra maneira de explicar como eles conseguiram mudar sem esforço seu bombástico estilo para a aparência acústica profundamente fascinante que eles apresentam em seu novo EP “Acoustic in Hell”.

Pela primeira vez em sua carreira em ascensão, o ELEINE desconecta seu equipamento para criar uma nova experiência musical. “Nunca tínhamos feito versões acústicas de nossa música antes, então aceitar esse desafio foi algo novo para nós”, diz a vocalista Madeleine Liljestam. “O mais importante para nós era manter nessas versões a essência do nosso Metal, mantê-lo cru e autêntico. Há peso em nossa música e era importante não torná-la superproduzida e fofa quando tiver essa oportunidade”, acrescenta o vocalista e guitarrista Rikard Ekberg.

Em contraste com sua abordagem desplugada usual, o ELEINE consegue manter um som pesado e uma aura visceral e selvagem que condiz com suas esplendorosas músicas. “Acoustic in Hell” vê os suecos pegarem músicas de seus três elogiados álbuns; “ELEINE” (2015), “Until the End” (2018) e “Dancing in Hell” (2020); desvesti-los e extrair sua essência crua e sombria. “Demoramos bastante para fazer os novos arranjos. Queríamos manter a crueza e autenticidade, mas ainda assim dar às versões acústicas suas próprias identidades”, diz Rikard. “Sim, e como sempre digo para os caras: tenho que senti-lo nos quadris!”, acrescenta Madeleine rindo. “Isso se aplica ainda mais para as versões acústicas”. De fato. Aqui você encontra versões acústicas extraordinárias e muito diferentes de qualquer outra que você já tenha ouvido antes.

Desde a faixa que abre o álbum ‘Whisper My Child’ até à groovy e sinistra ‘Hell Moon’ que o encerra, o ELEINE consegue captar uma atmosfera que é algo assim entre bardos sombrios sentados à volta de uma fogueira, um ritual misterioso e a melancolia febril do fado português. Enquanto músicas como ‘Memoriam’ ou ‘Enemies’ serão lembradas como ‘ossos duros de roer’ para este projeto, outras faixas como ‘Ava Of Death’ e ‘All Shall Burn’ entraram em suas novas roupas com bastante facilidade.

Gravado em apenas uma semana em janeiro de 2022 no The Panic Room Studio (Skara, Suécia) de seu querido amigo Thomas “Plec” Johansson, “Acoustic in Hell” apresenta uma performance estelar de Madeleine, que gravou todos os seus vocais em pouco menos de três horas. Mais do que tudo, isso mostra a determinação e a força de vontade com que as coisas são feitas no acampamento conhecido como ELEINE. Não é à toa que sua base de fãs cresceu exponencialmente desde o lançamento de “Dancing In Hell”. “Somos muito gratos a todos os nossos fãs”, conclui Madeleine. “Sem eles nada seria possível”.

Para este lançamento, o ELEINE pode ter perdido suas guitarras distorcidas, seu esplendor sinfônico e sua bateria trovejante. No entanto, ainda mais surpreendente, é o fato de eles terem conseguido criar uma paisagem sonora acústica totalmente nova, enquanto continuam honrando seu som único dentro do Dark Symphonic Metal, pelo qual todos seus fãs já se apaixonaram e outros milhares mais se apaixonarão ao longo dos próximos anos. Esta estrela está apenas começando a ascender.

“Acoustic in Hell”, que traz uma impressionante arte de capa criada por Nestor Avalos e pela própria Madeleine Liljestam, está disponível no Brasil pela parceria Shinigami Records/Atomic Fire Records. Adquira sua cópia no seguinte link: https://bit.ly/3yRn4sf.

FONTE: SHINIGAMI RECORDS/ATOMIC RECORDS

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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