Jinjer trabalha “composições em circunstâncias” da guerra na Ucrânia

Há vários meses a Rússia continua seu brutal ataque a Ucrânia, e o Jinjer, por muito pouco não viu seu fim devido ao conflito que acontece no seu país natal que vem sendo devastado.

A banda foi recentemente questionada por Oran O’Beirne, da Bloodstock TV, se a guerra inspirou novas músicas de alguma forma, ao que a vocalista Tatiana Shmayluk respondeu:

Na verdade não. Eu não sei por quê. Honestamente, eu escrevi algumas músicas de guerra muito antes de Jinjer , antes de tudo, e muito antes de a guerra começar na Ucrânia. E eu não sei como, mas é fácil para mim escrever sobre a guerra quando não está acontecendo ao meu redor. Mas quando começou, fiquei absolutamente devastada e paralisada criativamente. Não posso escrever sobre isso. Ainda não consigo processar isso. Acho que é um trauma tão grande que leva anos e anos para o processo, não só para mim, mas principalmente para os cidadãos da Ucrânia, para as vítimas. Eu realmente acho que não é minha hora de escrever outra música de guerra agora.

O baixista Eugene Abdukhanov interveio para esclarecer a declaração da “canção de guerra”. “Na verdade, nós nunca tivemos canções de guerra. Nós nunca escrevemos nada que seja militarista ou algo assim… Nós temos várias canções em nossa discografia que são canções de pacificação, canções que clamam por paz, e as chamamos de canções de guerra. Pode ser um pouco enganador porque pode apenas fazer as pessoas pensarem de forma diferente do que realmente são, para ser honesto.

Tatiana diz que, bem, ela não escreveu nenhuma letra, mas nós escrevemos várias composições musicalmente nessas circunstâncias desde que a guerra começou. Então definitivamente já existe uma reflexão criativa dos eventos.”

A entrevista completa pode ser vista abaixo:

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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