Kiss: há 45 anos, banda lançava “Dressed to Kill” e o seu maior hit, “Rock and Roll All Nite”

Há 49 anos, em 19 de março de 1975, o Kiss lançava “Dressed to Kill“, o terceiro álbum da discografia destes amados mascarados e que é tema do nosso bate-papo por aqui.

Se o álbum de estreia fez algum barulho, o antecessor do aniversariante, “Hotter Than Hell“, não teve o mesmo êxito. A razão foi o término do acordo que a Casablanca Records tinha com a Warner para a distribuição dos álbuns do Kiss. O selo dispunha de pouca verba e por conta disso, não foi possível contratar um produtor profissional e o presidente Neil Bogart assumiu a produção do play, que teve os próprios membros da banda na co-produção. É o único álbum do Kiss a ser produzido por Bogart.

O álbum foi gravado de forma rápida e sem firulas, durante o mês de fevereiro de 1975, no estúdio Electric Lady, localizado em Nova Iorque. Eles utilizaram canções que foram originalmente escritas para a banda que foi o embrião do Kiss, a Wicked Lester, da qual Gene Simmons e Paul Stanley eram membros fundadores, e Peter Criss participou da formação final. As músicas em questão que entraram no nosso homenageado do dia foram “She” e “Love Her All I Can“).

A capa traz uma fotografia da banda, tendo os membros vestidos de terno e gravata, e Gene Simmons usando um tamanco ao invés de um sapato social. Ele disse depois que o tamanco pertencia à sua esposa. À exceção de Peter Criss, ninguém à época possuía roupas sociais e quem emprestou os modelos para que eles pudessem posar para a foto foi o empresário da banda, Bill Aucoin e isso explica o terno usado por Gene Simmons parecer não caber nele. A foto foi registrada pelo fotógrafo Bob Grun nas esquinas das W23rd Street com a 8th, em Nova Iorque, no dia 26 de outubro de 1974.

Bolacha rolando, temos um álbum curto, direto e reto. São 30 minutos e dez canções, dentre elas, a mais famosa dentre todas que o Kiss já lançou e uma das músicas mais icônicas da história do Rock: “Rock and Roll All Nite“. “Rock Bottom”, “C’mom and Love me” e “She” também são alguns dos destaques do play. Estas músicas fizeram parte do repertório dos shows da banda por muito tempo. A banda caiu na estrada para divulgar seu álbum e a gravadora aproveitou para escutar a opinião dos fãs de que “o barato do Kiss eram os shows” e o show realizado em Detroit acabou virando o álbum “Alive!“. E depois eles lançariam “Destroyer”, que fez aniversário recentemente e nós falamos sobre ele. Caso você tenha perdido, poderá acessar clicando AQUI.

O álbum figurou discretamente nas paradas musicais e essas aparições se resumiram apenas à América do Norte. 26° lugar no Canadá e 32° na “Billboard 200“. Em 1976, o single “Rock and Roll All Nite” chegou à 12ª posição na “Billboard“. “Dressed to Kill” não foi muito bem recebido na época de seu lançamento, mas depois foi certificado com Disco de Ouro nos Estados Unidos.

A partir daqui o Kiss começava a se tornar esse gigante que conhecemos. Infelizmente a banda encerrou suas atividades no final do ano passado e os integrantes estão prometendo que a banda vai continuar, mas como uma espécie de franquia. Nem todos botam muita fé nessa aposentadoria e muitos estão esperançosos de que em breve eles possam retornar. Enquanto isso não acontece, a gente vai celebrando esse álbum que está às portas dos cinquenta anos. E como o Kiss, a gente quer Rock and Roll todas as noites e festas todos os dias.

Dressed to Kill – Kiss

Data de lançamento – 19/03/1975

Gravadora – Casablanca Records

Faixas:

01 – Room Service

02 – Two Timer

03 – Ladies in Waiting

04 – Getaway

05 – Rock Bottom

06 – C’mon and Love Me

07 – Anything for My Baby

08 – She

09 – Love Her All I Can

10 – Rock and Roll All Nite

Formação:

Gene Simmons – vocal/ baixo/ backing vocal

Paul Stanley – guitarra/ vocal/ backing vocal

Ace Frehley – guitarra solo

Peter Criss – bateria/ vocal/ backing vocal

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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