Living Colour: 35 anos do ótimo “Time’s Up”

Há 35 anos, em 28 de agosto de 1990, o Living Colour lançava “Time’s Up“, o segundo álbum da carreira deste sensacional quarteto de Nova Iorque e que tema do nosso bate-papo desta quinta-feira, dia de TBT.

A banda vinha do sucesso retumbante que foi o disco de estreia, “Vivid” e a expectativa criada sobre eles era imensa. Em compensação, a responsabilidade também aumentava. Para isso, a banda trouxe convidados altamente gabaritados para ajudar a deixar esse play mais especial: Little Richard, Queen Latiffa, Dough E. Fresh, Maceo Parker, James Earl Jones, além de Mick Jagger, que descobriu a banda e produziu o álbum anterior, ele também participou aqui.

Com a ajuda destes convidados de peso, o quarteto se juntou ao produtor Ed Stassium e todos foram para os estúdios A&M, em Hollywood e também ao RPM, em Los Angeles, por onde ficaram entre os anos de 1989 e 1990 e de lá saíram com essa pérola, que tem o Hard Rock como estilo predominante, mas que viaja por outras vertentes como o Funk Metal, o Jazz e até mesmo a música latina.

O play tem duração de 57 minutos e 15 faixas. Mostra uma banda soando ainda mais pesada, mas sem abandonar as influências que já deram as caras no maravilhoso álbum de estreia. Alguns dos grandes clássicos do Living Colour nasceram aqui, como a faixa-título, “Type“, “Love Hears it’s Ugly Head“, “Elvis is Dead“, além da balada tipicamente caribenha “Solace of You“. “Time’s Up” colocou o Living Colour ainda mais em evidência naquele início dos anos 1990 e consolidou a banda como uma das gigantes que emergiram naquele período.

A diva Queen Latifah abrilhantou ainda mais o álbum ao dividir os vocais com Corey Glover, na música “Under Cover of Darkness“. E em “Elvis is Dead“, coube a Little Richard cantar junto com o vocalista Corey Glover, deixando a música tão especial como ela o é. E ao longo do álbum é possível perceber a voz de Mick Jagger, fazendo backing vocal.

Time’s Up” recebeu críticas favoráveis e boa receptividade do público. O Brasil recebeu a banda, durante a tour deste álbum e foi na edição de 1992 do saudoso Hollywood Rock. Este foi também o último álbum a contar com a participação do baixista Muzz Skillings, que foi substituído por Doug Wimbish, que segue com a banda até os dias atuais.

O aniversariante do dia teve bom desempenho nos charts mundo afora: 10° na Nova Zelândia, 11° na Suíça, 13° na “Billboard 200” e na Noruega, 15° na Austrália, 20° no Reino Unido, 24° na Holanda e 56° na Alemanha. A faixa título garantiu o Grammy Awards na categoria “Melhor Performance Hard Rock” no ano de 1991, o que acabou conferindo o bi para a banda, uma vez que em 1990, eles haviam faturado a mesma premiação com a música “Cult of Personality“, do álbum “Vivid“. Os adversários eram páreos duros: “Epic“, do Faith no More, “The Razor’s Edge“, do AC/DC, Mötley Crue e o Janis Addiction.

Enfim, um ótimo álbum para quem tem a mente aberta e curte um bom Hard Rock infusionado com outros estilos que só enriquecem e dão uma identidade própria para uma banda que optou em inovar em sua sonoridade. Felizmente a banda ainda está na ativa, e no ano passado, voltou ao nosso país para algumas apresentações. Enquanto aguardamos o sucessor de “Shade“, o último álbum lançado pela banda, em 2017, vamos dar play neste “Time’s Up“, que envelhece cada vez melhor.

Time’s Up – Living Colour

Data de lançamento – 28/08/1990

Gravadora – Epic

Faixas:

01 – Time’s Up

02 – History Lesson

03 – Pride

04 – Love Hears It’s Ugly Head

05 – New Jack Theme

06 – Someone Like You

07 – Elvis is Dead

08 – Type

09 – Information Overload

10 – Under Cover of Darkness

11 – Ology

12 – Fight the Fight

13 – Tigh Team Partners

14 – Solace of You

15 – This is the Life

Formação:

Corey Glover – vocal/ guitarra base em “Type

Vernon Reid – guitarra

Muzz Skillings – baixo

Will Calhoum – bateria

Participações especiais:

Little Richard – vocal

Queen Latiffa – vocal

Akbar Ali – cordas

Charles Burnham – cordas

Don Byron – clarinete/ saxofone/ barítono

Annette Daniels – vocais adicionais

D.K. Dyson – vocais adicionais

Eileen Folson – cordas

Dough E. Fresh – percussão/ vocais adicionais

Mick Jagger – vocais adicionais

Toshinobu Kubota – vocais adicionais

Yubie Navas – vocais adicionais

Maceo Parker – saxofone

Alva Rogers – vocais adicionais

Rosa Russ – vocais adicionais

Reggie Workman – cordas

Derin Young – vocais adicionais

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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