Lost Society – “If the Sky Came Down” (2022)

Muitos vão torcer a cara pelo tempero do metal moderno que o Lost Society está colocando em seu som atualmente, deixando de lado o thrash dos primórdios. Independente disso, a banda continua empregando uma musicalidade muito boa em seus trabalhos e não foi diferente com seu mais novo registro, “If the Sky Came Down“, lançado pela Nuclear Blast e distribuído no Brasil pela Shinigami Records.

Com base no metalcore e com pitadas do new metal, a banda explode com a abertura em “112”, com versos gritados, guitarras de afinação baixa e refrão mais “limpo” e melódico. “What Have I Done” da sequencia com “quebradas” características dos dois estilos citados e continua enérgica em seu refrão. “(We Are The) Braindead” é ágil e lembra o Slipknot dos primórdios e nos surpreende com a presença de um solo perto do final. “Stitches” é uma das mais pesadas e os versos remetem a outro grande nome do new metal, o Korn. “Awake” é mais cadenciada e tem uma levada mais branda em relação as outras, soando como um respiro e sendo muito bem executada, com ares de começo dos anos 2000. “Underneath” tem uma introdução que com certeza abrirá ótimas rodas nos shows e não perde o ritmo em segundo algum, dando canseira ao ouvinte com fones no máximo. A faixa título é uma das mais bem trabalhadas, com boas linhas da bateria, as guitarras soando bastante cheias de peso, com breakdows em vários momentos. Há ainda o encerramento com a melosa “Suffocating”, que não agrega muito no todo.

Aos que buscarem ouvir o material sem nenhum tipo de “cerca sonora”, encontrará um ótimo material, de ótimas mixagem, boa produção e uma sonoridade que não parece ter uma data de validade, mesmo que isso cause grande incômodo em alguns.

NOTA: 8

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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