Max Cavalera diz que tocar com o Go Ahead and Die é “como voltar ao começo”

Max Cavalera está bem empolgado em trabalhar com o seu projeto Go Ahead and Die. Conversando com site do Knotfest, ele diz:

É realmente uma viagem para mim voltar às trincheiras. Parece o começo, como comecei lá atrás.

A crueza e a raiva, e os elementos perigosos e irritados que Nailbomb tinha, acho que Go Ahead And Die tem – até no nome. 

Eu sou seu companheiro. Ele é o Batman. Eu sou o Robin” – completa Max se referindo ao filho Igor, que o acompanhar na banda.

Max também falou sobre as regravações dos dois primeiros registros do Sepultura, que ele fez no ano passado:

Eu definitivamente fiquei emocionado com o entusiasmo do público tocando o material antigo em uma turnê recente com o Cavalera Conspiracy, especialmente com os sentimentos nostálgicos que sinto ao tocar esses discos. Senti algumas coisas. Super orgulhoso do nosso passado. Alguns músicos tentam esquecer o passado e ficam até envergonhados com isso. Gostei de fazer o oposto disso: abraçar o meu passado, ter orgulho dele. Tenho orgulho de esses discos. Eu sei que eles são crus. Morbid Visions está até desafinado!

Max Cavalera também relembrou a sua trajetória na música, onde disse:

Acho que uma das coisas que para mim é mais interessante na minha carreira é o fato de ter me conectado com tantos níveis de metal diferentes ao longo dos anos. Começando com black metal com o início do Sepultura, e depois o death-thrash foi ótimo. Depois a coisa industrial com Nailbomb, e então toda a coisa do nu metal com Soulfly e Roots, e conectando-se com pessoas diferentes

Por fim, Max relembrou as filmagens do vídeo de “Territory”, feito no território palestino e em Jerusalém. Através do vídeo, os temas da música sobre racismo, ditadura e guerra sem fim foram associados ao conflito entre israelenses e palestinos na época da assinatura dos Acordos de Oslo. Ao fazer isso, o Sepultura orientou jovens metaleiros a pensar e se preocupar com os assuntos mundiais. E Max falou sobre à guerra em Gaza. Ele diz:

Fizemos o vídeo do Territory há muito tempo e acho que a situação continua a mesma. Quero dizer, isso simplesmente se repete. A história apenas se repete. Nunca aprenderemos e isso está ficando cada vez pior. Mas acho que todas essas guerras são praticamente idiotas. As pessoas reais em posição de autoridade não lutam as guerras – elas apenas mandam os jovens para morrer. É uma situação horrível.”

Recentemente, o Go Ahead and Die lançou seu novo disco,”Unhealthy Mechanism” e você lê a resenha aqui.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *