Max Cavalera relembra acordo de gravação para “Beneath the Remains”
Na história do Sepultura, o disco “Beneath the Remains“, lançado em 7 de abril de 1989, é uma chave virada na história da banda. Este foi o primeiro registro do grupo com uma gravadora majoritária, a Roadrunner Records.
Max Cavalera relembrou o período em que ele viajou para os Estados Unidos, para ter uma reunião com os sócios da poderosa gravadora, especificamente, Monte Conner, que cuidava dos negócio a época. Falando a Reolver, Cavalera relembra:
“A semente foi plantada e tivemos que cruzar os dedos e torcer para que uma dessas gravadoras nos chamasse. Finalmente, Monte ligou e foi uma sensação incrível. Eu estava dando cambalhotas na minha cozinha! [ Risos ] Foi uma loucura. Finalmente conseguiríamos uma gravadora de verdade, um produtor de verdade, um estúdio de verdade. As coisas estavam acontecendo… e isso cabe a nós escrever o melhor material possível. E acho que isso pressionou todo mundo e fomos para a sala de improvisação com uma atitude de não vamos brincar. Esta é a nossa chance. Você só consegue algumas cenas nesta vida, e você tem que fazer valer a pena.”
Acho que de tudo o que já fizemos, Beneath the Remains é o nosso álbum mais cru. Você pode sentir algum tipo de urgência nas músicas. É um pouco de desespero misturado com fome – e todos esses sentimentos tornaram o álbum realmente cru”.
Na sequência do registro, o Sepultura teve a oferta de abrir shows do King Diamond, o que catapultou de vez a banda ao estrelato. Max comenta:
“É o começo da descoberta de que somos uma banda diferente. Não somos uma banda americana, nem europeia. Somos uma banda brasileira… Beneath the Remains é o portal. Abrimos as comportas!”