Michael Amott do Arch Enemy diz estar vivendo “fantasia da adolescência”

 Michael Amott conversou com o podcast “Scars And Guitars”, o guitarrista Michael Amott, líder do Arch Enemy, falou sobre como ele vê a sua trajetória na música pesada após todos esses anos. Ele comenta:

“De muitas maneiras, ainda estou vivendo minha fantasia adolescente. Apenas ando com a cabeça nas nuvens e cheio de riffs e metal. Penso em coisas assim o dia todo. E esse é o meu trabalho, e é isso que as pessoas querem que eu faça. Sou muito, muito sortudo por isso. Meu trabalho é acordar, tomar café e começar a tocar violão. E isso é ótimo. Toco violão por horas todos os dias. Isso não é legal? Isso é meio inacreditável, realmente.

Quando comecei a tocar essa música, a música que me interessava, que queria tocar, quando era adolescente, nunca vi isso como uma carreira em potencial ou algo assim. Porque o tipo de música que eu estava interessado em tocar não era popular. Muitas vezes, nem mesmo havia álbuns lançados com esse tipo de música. Isso foi antes de haver discos; havia apenas fitas e demos e shows ao vivo fitas e fitas de ensaio underground de bandas de todo o mundo tocando essa música extrema. E era nisso que eu estava interessado. E então, é claro, havia algumas bandas estabelecidas, mas você ia ver essas bandas e pensava eles eram grandes, mas não havia ninguém lá. Haveria uma centena de pessoas lá para ver o que você pensava ser uma banda estabelecida. Isso meio que me fez perceber, ‘Esta música não é tão popular. Poucas pessoas gostam disso. Mas tudo isso mudou nos anos 90 e tornou-se mais um negócio. E tornou-se mais um… Eu não diria ‘mainstream’, mas havia uma maneira de comercializar e espalhar esse tipo de metal underground. A cena se tornou muito maior. Acho que vi isso acontecendo quando estava no Carcass no início dos anos 90. De repente haveria milhares de pessoas em certos shows. Foi tipo, ‘Uau. Isso é realmente algo. Como isso aconteceu? Como tantas pessoas podem estar em um lugar ao mesmo tempo realmente gostando desse nível de barulho?’ [ risos], você sabe, esse tipo de nível extremo que estávamos fazendo. Foi muito interessante vê-lo crescer assim. E, claro, hoje em dia as pessoas talvez tenham expectativas. Se você começar uma banda, se você está começando agora, vai ser… Eu não tinha nenhuma expectativa de que algo assim acontecesse na minha vida. Sempre pensei que teria um emprego normal e depois faria música como hobby. Mas, na verdade, nunca estive empregado em toda a minha vida – empregado de verdade -, então sempre fiz isso. Então é meio louco. Eu nunca esperei isso”.

A participação completa do músico no podcast, você assiste no vídeo abaixo.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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