Mike Portnoy conversou com o Q with Tom Power, onde ele falou sobre a importância do Rush e de Neil Peart para ele e o Dream Theater. Falado sobre as suas influências ele diz, conforme transcrito pelo Confere Rock:
“O Bonham e o Keith Moon foram dois dos maiores, e até hoje são dois dos meus maiores heróis. Mas antes deles veio o Ringo Starr, realmente, e o Charlie Watts também, aliás. O Ringo foi grande. Fui criado ouvindo os Beatles desde o primeiro dia. Nasci em 20 de abril de 1967, o dia em que eles terminaram Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Seis semanas depois, o álbum foi lançado, e eu já estava ouvindo. Meu pai era DJ de rock and roll e me cercou de música rock desde o início, e os Beatles eram os maiores. Então, respondendo à sua pergunta, o Ringo foi meu primeiro herói na bateria. Alguns anos depois, o Keith Moon e o John Bonham foram dois grandes, muito grandes para mim. Depois, crescendo nos anos 70 na América, o Kiss teve um grande impacto sobre mim, então o Peter Criss também foi importante. Tudo isso veio antes do prog. Quando descobri o Neil Peart, o Rush, o Genesis, o King Crimson, o Yes, essas coisas viraram minha cabeça e me fizeram ser o baterista que sou hoje.”
Portnoy segue falando sobre as influências:
“Você está falando com um fanático por Rush. O Dream Theater foi construído e nasceu do nosso amor pelo Rush. Na verdade, o primeiro nome da banda, antes de Dream Theater, era Majesty. Estávamos na fila, na Berklee, em 1985. Eu, o John Petrucci e o John Myung, nos conhecemos por causa do amor mútuo pelo Rush. Esse era o tipo de banda que queríamos ser.”
Mike ainda falou sobre o impacto de Neil Peart em sua forma de tocar:
“Foi um divisor de águas. Antes de Neil, eu era mais influenciado por bateristas de rock clássico, como Ringo, Bonham e Keith Moon, com batidas mais diretas, em 4/4. Quando ouvi o Rush, por volta de 1981 ou 1982, após Moving Pictures, eu tinha 14 ou 15 anos, e foi a banda perfeita na hora perfeita. A música deles explodiu minha mente. Fiquei obcecado por Neil, pelas assinaturas de tempo incomuns, pelo kit de bateria gigante, pela forma como ele orquestrava as partes de bateria de maneira melódica. Tudo isso moldou meu estilo. Além disso, ele era o letrista do Rush, o que me inspirou a também escrever letras para o Dream Theater.”
Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais.
Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site.
Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!