Mike Shinoda diz que Emily Armstrong foi criticada apenas “por não ser um homem”

Já vamos para quase um ano que o Linkin Park retomou as atividades e a vocalista Emily Armstrong assumiu o posto deixado por Chester Bennington em 2017.

Após fazer um grande show no estádio de Wembley, Mike Shinoda conversou com o The Guardian do Reino Unido, onde ele falou sobre a relutância de algumas pessoas em ouvir a banda reformulada e com uma cantora, e ele explica o porque dessa negação, segundo ele, que alguns tiveram. Ele diz:

“Houve gente que criticou Emily, e foi porque ela não era um cara. Os fãs estavam acostumados com o Linkin Park sendo composto por seis caras e a voz de um cara liderando a música. Eles estavam tão desconfortáveis com o que era que escolheram um monte de coisas para reclamar. Eles apontam em 10 direções diferentes, dizendo: ‘É por isso que estou bravo, é por isso que a banda é uma merda.'”

Shinoda ainda falou como no passado, havia uma música sexista em seu meio musical. Ele comenta:

“No início dos anos 2000, o Linkin Park fez “várias turnês de metal e tocou com o Metallica, a energia lá era muito masculina, uma energia de mano. Estávamos imersos em uma cultura onde era como uma corrida armamentista para ver quem conseguia fazer a música mais machista”.

Mike ainda revela como não gostava do apelo de bandas como o Limp Bizkit em um aspecto machista, além de classificar o Linkin Park como algo menos raivoso que outros exemplares do nu-metal, como o Korn ou o Slipknot:

“Chester se conectou com isso um pouco mais do que o resto de nós, mas não muito. Tínhamos letras mais introspectivas. Não era tipo: ‘Ei, vou te dar um chute na bunda’. Era tipo: ‘Alguém me deu um chute na bunda e eu estou tão frustrado’. No ensino médio, eu não dava um chute na bunda de ninguém. Isso não estava acontecendo.”

Mas atualmente, Shinoda parece ter feito as pazes com o estilo:

“Os gêneros são tão misturados e a música é tão variada que eu não odeio mais o nu-metal.”

O Linkin Park retorna ao Brasil este ano para três shows em três capitais.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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