Myles Kennedy não quer esconder falhas da voz com recursos digitais

Myles Kennedy, o vocalista do Alter Bridge, não tem intenção de usar nenhuma tecnologia para corrigir falhas vocais.

Em conversa com Justin Hawkins, ele foi perguntado sobre o assunto e anteriormente tendo usado alguns recursos nos discos de sua banda, ele disse:

Sim… eu diria que foram mais experiências anteriores, meio que subindo na classificação… Quando o Pro Tools se tornou uma coisa, e especialmente com correção de pitch, acho que alguns engenheiros ficaram tipo, ‘Oh!’ Muitas vezes, eu sinto, não apenas com notas, mas também com ritmos e outras coisas, eles olham para a grade e então começam a mover as coisas e as corrigir.”

O cantor também se referiu às partes dos instrumentos e disse:

“É uma grande implicância minha também com os bateristas. Se um baterista tem uma sensação realmente ótima e descansa no tempo dois e no quatro – eu adoro isso; aquela coisa de John Bonham, apenas um fio de cabelo atrás de dois e quatro. Mas então, se os engenheiros estão olhando para isso e pensando, bem, eu tenho que pegar aquela caixa e aumentá-la para ficar no dois e no quatro’ – tipo, ‘Oh, não, não, por favor, não não faça isso.’”

Voltando a discutir a correção do tom, ele continuou:

Então eu acho que isso surgiu naquela época… Era como se você estivesse gravando um DVD ao vivo ou algo assim, e então você assistisse e pensasse, ‘Não me lembro de ter acertado aquela nota ali mesmo’. . Lembro-me de mergulhar nisso. São pequenas coisas assim. Mas com o passar do tempo, os produtores com quem trabalhei ao longo dos anos abraçaram esse elemento humano, o que é incrível. Então não preciso mais me preocupar com isso.”

Myles Kennedy e o Alter Bridge vem ao Brasil no começo de novembro para um show único em São Paulo. Ainda há ingressos disponíveis.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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