Nevermore: 27 anos de “The Politics of Ecstasy”

Há 27 anos, em 5 de novembro de 1996, o Nevermore lançava “The Politics of Ecstasy“, o álbum de número dois da carreira desta banda que fez a diferença no final dos anos 1990 e início dos 2000 e que é assunto a se tratado por nós neste domingão.

Lançado via “Century Media”, o aniversariante do dia traz a banda vindo de um primeiro disco bem recebido pela crítica, o auto-intitulado e um EP, “In Memory“, que continha sobras de gravação, além de covers do Bauhaus. E se no debut, a banda ainda apresentava um pouco da ex-banda de Warrel Dane e Jim Sheppard, o não menos maravilhoso Sanctuary, aqui, os caras já começavam a mostrar a identidade bem peculiar, que jamais seria copiada por nenhuma outra banda.

Gravado no “Village Productions“, na cidade de Tornillo, Texas, com produção de Neil Kermon, o disco é homônimo ao livro de Timothy Leary. um professor de Harvard, neurocientista e escritor. Ele era defensor dos benefícios do uso do LSD. O livro em questão foi lançado em 1968 e o autor já havia sido homenageado com uma música em seu nome no primeiro álbum da banda. Dane era seu admirador.

Na parte musical, o álbum é formado por dez canções, em cinquenta e seis minutos. É um dos álbuns mais complexos do Nevermore, do ponto de vista musical. Temos músicas técnicas e alguns dos clássicos eternos da banda estão no aniversariante do dia, como “Next in Line“, “Passanger“, “The Seven Tongues of God“, “The Learning“, além da faixa título. Jeff Loomis já se mostrava bem mais desenvolto e os riffs criados por ele para o álbum são sensacionais. Uma curiosidade: a faixa “42147” é o significado da data 21 de abril de 1947, quando a primeira publicação sobre a descoberta do LSD.

Durante a turnê deste álbum, fora recrutado o excelente guitarrista Pat O’ Brien, que não esquentou muito o lugar, indo depois para o Cannibal Corpse onde está até os dias atuais. E a banda acabou fazendo uma turnê conjunta com o Death, no que resultou em uma amizade entre os vocalistas de ambas as bandas. E a coincidência é que ambos morreram na mesma data (13 de dezembro). Uma outra perna desta turnê foi realizada em conjunto com o Iced Earth, a banda do bolsominion estadunidense chamado Jon Schaffer, aquele que é favorável as pautas antidemocráticas e que hoje provavelmente seria desafeto de Warrel Dane, que era um social- democrata.

Em 2006 o álbum foi relançado, incluindo o cover para “Love Bites“, do Judas Priest, originalmente gravado para um álbum tributo, em 1997. E este cover, ficou sensacional, como todos os outros que a banda fez durante sua carreira. O Nevermore era uma banda diferenciada e suas versões para outras canções são simplesmente surreais.

Enfim, era só o segundo álbum, mas a banda estava disposta a fazer o que é praticamente impossível nos dias atuais: ser autêntica. E eles conseguiram. E hoje viemos aclamar e celebrar os 27 anos deste play simplesmente impecável. Longa vida a este álbum, que é um conforto para o fã que sabe que não verá mais a banda em ação. E como fã incondicional da banda e, principalmente de Warrel Dane, vos digo: eu ouço gente morta!

The Politics of Ecstasy – Nevermore

Data de lançamento – 05/11/1996

Gravadora – Century Media

Faixas:

01 – The Seven Tounges of God

02 – This Sacrament

03 – Next in Line

04 – Passenger

05 – The Politics of Ecstasy

06 – Lost

07 – The Tiananmen

08 – Precognition (instrumental)

09 – 42147

10 – The Learning

Formação:

Warrel Dane – vocal

Jeff Loomis – guitarra

Pat O’Brien – guitarra

Jim Sheppard – baixo

Van Williams – bateria

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