Os milhares de reais que produtor perdeu com cancelamento dos shows do Ira!

Mario Zeferino, produto da 3LM Entretenimento, empresa que seria responsável pelos shows do Ira! no sul e que acabaram cancelados após polêmicas do vocalista Nasi e bolsonaristas, falou em entrevista com a Veja sobre o prejuízo que acabou tendo com toda a história. Ele disse:

“Tivemos que cancelar, porque muita gente devolvendo ingresso porque o show não ia ter o público necessário para pagar os custos. Com esse cancelamento, eu perdi dinheiro da entrada dos teatros, eu perdi toda a mídia, eu perdi pessoal que fez arte, eu perdi uma série de coisas que não tem como devolver. Estou com quatro shows no Sul, onde claramente os bolsonaristas são o maior número e o cara me fala um mês antes dos shows que o bolsonarista não é bem-vindo no show dele?”

O produtor ainda afirmou que com manifestações políticas, as empresas do entretenimento tem perdido diversos contratos:

“A pessoa que está pagando o ingresso, está lá porque gosta da banda, quer ouvir as músicas da banda. Não é um show de política, é um show de música. Quer falar de política? Então faz o seguinte: vai alugar o teatro, pagar o som, comprar a  passagem, montar o camarim, pagar o hotel e vende o ingresso”. Para o produtor, fazer discursos partidários afeta a própria carreira dos artistas, que ficam conhecidos como “petistas” ou “bolsonaristas”. “O povo de direita com o da esquerda está se degradando na internet, porque um acha que tem razão e que o outro não tem, aí vira essa briga. Quando a pessoa vai lá faz o show normal, canta e vai embora, não tem polêmica nenhuma. Mas quando fala, vira esse caos que vira aí”.

Durante um show do Ira! em Contagem, o vocalista Nasi gritou “sem anistia” em um momento, e parte do público vaiou o cantor. Na sequência ele afirmo que “bolsonaristas não deveriam estar ali e pediu que eles se retirassem e nunca mais voltassem em um show seu”.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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