Para Paul Di’Anno, faltou mais “esforço” de Tobias Forge em cover do Iron Maiden

Na semana passada, o Ghost lançou seu novo EP, “Phantomine”, que contou com o cover de “Phantom of the Opera” do Iron Maiden.

Quem não gostou nada da versão foi o dono do registro original da faixa, Paul Di”Anno, que emitiu uma opinião nada polida sobre.

 Paul falou em uma recente entrevista a Loaded Radio,sobre sua polêmica crítica:

“A música é ótima. Só não acho que Tobias se esforçou bastante vocalmente. Ele soa um pouco simples… E ele mudou a letra um pouco… Isso foi um pouco estranho.”

Referindo-se à sua postagem no Facebook, que já havia sido deletada, Paul continuou:

“Quando ouvi pela primeira vez, provavelmente estava de mau humor naquele dia. Eu disse: ‘Isso é besteira.’ Mas eu a ouvi umas três ou quatro vezes. A música é muito boa, na verdade, para ser honesto com você. Mas, como eu disse, sinto que Tobias não deu uma boa (usando o inglês gíria para ‘energia’), como dizemos… Dê-me um pouco de poço.”

Paul fez questão ainda de deixar claro que não tem nada contra Tobias ou o próprio Ghost:

“Independentemente do que você pensa do Ghost, estou muito feliz por eles. Talvez eu estivesse chateado com a vida naquele dia, como sempre. Quanto mais velho fico, mais mal-humorado fico. Ótimo pra caralho. Depois de passar dos 50, você tem todo o direito de dizer o que quiser.

Como eu disse, eu só queria que ele se esforçasse um pouco mais nos vocais. Isso é tudo”.

Falando em uma entrevista a Revolver, Tobias Forge explicou a sua abordagem para a música:

 “Eu acho que os Papas e o Cardeal e o personagem que estou tentando imitar no Ghost é uma combinação de todo o herói sombrio do protagonista malucos que estamos seguindo na literatura gótica e na mídia – Drácula, Frankenstein e todos esses – mas ele também é um pouco do Inspetor Clouseau. Ele é uma paródia de um arquétipo masculino de muitas maneiras, mas ele se torna engraçado dessa forma. E o Fantasma da Ópera é semelhante. Ele é um cavalheiro legal de certa forma, mas também é patético e miserável.”

Em relação à sua decisão de alterar um pouco a letra originalForge disse:

Para mim. O Fantasma é uma perspectiva, a Christine, e depois havia essa terceira parte. Então, entrei em contato com Steve Harris e perguntei se eu poderia ajustar algumas coisas para que eu pudesse reduzir para apenas duas perspectivas. E Steve é tão legal, ele apenas disse, ‘Absolutamente’. Tínhamos esse plano com o Genesis também, mas o problema era que esperávamos muito ocupados e, quando perguntamos, faltavam cinco horas para a gravação. Eu queria mudar a linha com ‘lista telefônica’ para uma referência menos datada – não Facebook, a propósito – mas era tarde demais.”

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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