Paul McCartney reconhece que havia “verdade” por trás da teoria “Paul Is Dead”
Paul McCartney, ícone dos The Beatles, admitiu que a famosa teoria conspiratória “Paul Is Dead” — segundo a qual ele teria morrido e sido substituído por um sósia — continha traços de realidade simbólica. Apesar de nunca haver prova concreta de sua morte, ele afirmou que vivia um período tão turbulento que a lenda parecia refletir seu estado interior.People.com+1
“De muitas maneiras, eu estava morto… Um jovem de 27 anos prestes a deixar os Beatles, afogado em um mar de disputas legais e pessoais que estavam drenando minha energia, precisando de uma transformação completa de vida”, escreveu McCartney em seu livro autobiográfico.Pessoas.com
Para o músico, a teoria funcionou como metáfora: ele se sentia morto em vida durante o colapso dos Beatles.
Entrevista revela trecho de introspecção profunda
Em trecho da coletânea de entrevistas “Wings: The Story of a Band on the Run”, McCartney voltou a abordar o episódio:
“Milhões de fãs ao redor do mundo [acreditaram] que eu realmente tinha partido.”
Ele disse que o rumor explodiu no outono de 1969 após um DJ americano acender a polêmica — e que ele reagiu, à época, brincando com a esposa Linda:
“Como é possível que eu esteja morto?”
Essas reflexões apontam que, apesar de descartar eventos literais da teoria, McCartney reconheceu que sua situação emocional e profissional se encaixava no simbolismo da lenda.
Uma década mágica engolida por batalhas
No momento em que o boato ganhou força, McCartney atravessava uma crise: o fim dos Beatles, disputas jurídicas, e a urgência de redefinir sua identidade artística. Ele relatou ter se isolado em uma fazenda na Escócia para se recuperar e traçar novo rumo. Pessoas.com
O artista declarou que aquela fase exigiu:
“Eu precisava de uma transformação completa na minha vida.”Pessoas.com
Essa urgência de transformação ajudou a conferir credibilidade à teoria entre fãs que buscavam sentido para o silêncio e para as mudanças visíveis.
Implicações da declaração para a história do rock
Ao reconhecer uma “verdade” simbólica por trás do mito, McCartney lança nova luz sobre uma das maiores conspirações musicais. A frase dele — “Paul Is Dead … in so many ways” — não revela evidência de substituição, mas endossa a ideia de que o fim de uma era e o esgotamento criativo foram reais.
Para historiadores e fãs de rock, isso reforça como mitos surgem quando realidade e narrativa se confundem. A admissão pública mostra que McCartney não apenas viveu a lenda: ele a viu refletida em seu estado.
