Paul Stanley comenta tour de encerramento do Kiss: “fim de uma era, de uma parte da minha vida”

Paul Stanley, vocalista e guitarrista do Kiss, falou em uma nova entrevista ao American Songwriter, sobre a turnê de despedida da banda, “End Of The Road”, que deve se encerrar no final de 2023, onde se fecham 50 anos de existência. Ele diz:

Estar em turnê é praticamente três horas de euforia e 21 horas longe de casa, o que honestamente não é divertido. Há noites em que vou para a cama e penso: ‘Que diabos estou fazendo aqui? Por que estou aqui se tenho uma casa e família?’ Então certamente há um empurra e puxa, mas não há nada como estar no palco, a gratidão que sinto.”

E o treino que faço no palco, não poderia fazer isso em uma academia. Se você pudesse colocar 10.000 ou 100.000 pessoas em uma academia para animá-lo, faria coisas que não poderia fazer sem eles lá, então sobrevoar uma plateia por um fio, isso é muito legal. Se eu tentar isso durante a tarde, quando ninguém está lá, fico apavorado. A adrenalina deixa você estúpido.

Stanley continuou dizendo que o fim do Kiss como uma entidade em turnê é inevitável:

Há duas coisas inevitáveis: a morte e os impostos. E é inevitável o fim de tocarmos como uma banda ao vivo. Eu quero ver esse dia? Não. Mas é necessário. Antes que não tenhamos escolha, gostaria de acabar com isso.

Quando penso no fim, não fico feliz. Ficarei em êxtase ao ver o que realizamos e o que fizemos, mas é o fim de uma era. É também o fim de uma grande parte da minha vida.

Eu levo meus filhos para a escola e faço todo tipo de coisa, mas a banda tem sido a maior parte da minha vida. A conexão com o público e aquela adrenalina e a emoção de fazer um show, não quero que isso acabe, mas muitas coisas precisam acabar. Controlá-lo, e isso é simplesmente o que estamos fazendo. Se estivéssemos em camisetas e jeans, poderíamos fazer isso em nossos anos 80 e 90, mas não em saltos plataforma de 20 cm e 40 quiloas de equipamento.”

O Kiss tem retorno marcado ao Brasil, praticamente um ano após a sua última passagem. Em abril, a banda sobe ao palco do Monsters of Rock, ao lado do Deep Purple, Saxon, Helloween, Scorpions, Doro e o Symphony X.

MONSTERS OF ROCK 2023 TRAZ KISS, SCORPIONS, DEEP PURPLE E OUTRAS GRANDES  BANDAS | Makila Crowley

 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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