PETA pede que Alice in Chains mude nome temporariamente para chamar atenção a elefante de circo
Em uma iniciativa incomum, PETA solicitou que a lendária banda de grunge Alice in Chains renomeie-se — ainda que temporariamente — para “Betty in Chains”. O objetivo da mudança é dar visibilidade à situação de um elefante idoso e incapacitado, apelidado de Betty, que vive acorrentado e participa de cerca de 300 espetáculos de circo por ano.
Um pedido fora do comum
Na carta endereçada aos membros do grupo — “Jerry, Sean, Mike e William” — a entidade escreveu:
“Viemos até vocês com um pedido maravilhosamente estranho da PETA. Será que a banda Alice in Chains toparia usar o nome Betty in Chains nas redes sociais — durante um mês — para dar visibilidade a uma querida elefanta que literalmente passa a vida acorrentada?”
No documento, a organização acusa que Betty, com 56 anos de idade e deficiência, foi tirada da Tailândia quando bebê e permanece forçada a atuar em circos há mais de meio século. Uma especialista que avaliou o animal alertou que ela corre risco de colapso fatal se não for transferida para um santuário.
Além disso, a vice-presidente de comunicação da PETA, Lisa Lange, declarou:
“Quando o grunge chegou a Seattle, Betty já havia passado quase vinte anos sofrendo como adereço de circo, e cada dia que passa sendo transportada de cidade em cidade e forçada a se apresentar a aproxima da morte. A PETA está incentivando o Alice in Chains a fazer barulho em apoio a Betty com uma mudança temporária de nome que lembre a todos: Fiquem longe de circos que maltratam animais.”
Simbolismo vs. eficácia
Para muitos, a proposta soa como um gesto simbólico — ou mesmo provocativo — que visa mais gerar repercussão do que promover uma ação concreta. Um dos artigos que repercutem o caso afirma que, mesmo com a nobre causa, “não há garantia de que a mudança de nome resultará em liberdade para Betty”.
De fato, apesar da repercussão que a PETA costuma atrair com suas campanhas, a efetividade de um apelo simbólico ainda é motivo de questionamentos. Até o momento, não há resposta oficial da banda à proposta.
Uma organização empenhada em visibilidade
Não é a primeira vez que a PETA recorre a pedidos chamativos para conscientizar o público. Recentemente, havia abordado o ex-vocalista da Led Zeppelin sugerindo que rebatizasse-se como “Robert Plant Wool” para promover fibras têxteis vegetais.
Para a entidade, uma mudança temporária de nome nas redes sociais de uma banda com milhões de seguidores pode ser uma forma poderosa de mobilizar a opinião pública e aumentar o alcance da causa.

Acredito que seja difícil isso acontecer. Abraços!