Por que o Sepultura não é tão grande como o Slipknot? Andreas Kisser responde

Em uma aparição no novo programa de João Gordo no Youtube, Andreas Kisser bateu um papo com o vocalista do Ratos de Porão, acompanhados pelo baixista do Sepultura, Paulo Xisto Jr., e em determinado momento, o guitarrista falou um pouco sobre como era a expectativa do ano seguinte da separação do Sepultura com Max Cavalera:

“Assim, 1997 seria O Ano do Sepultura, no sentido de fazer arenas”

Na sequência, Gordo comenta:  “Vocês já estavam muito grandes, mas vocês iam ser Metallica, se continuasse iria ser o Metallica, iria ser o Slipknot!

“Só que não foi por quê? Porque não tinha estrutura! Foi do caralho! Eu não tenho nada do que reclamar! Foi maravilhoso e está sendo, a gente é consequência de tudo aquilo que aconteceu, hoje. No aspecto de ver… eu não me importava com o business, sabe? Pra mim é aquela frase que você sempre usou: não quero saber quem morreu, quero chorar. É a ‘filosofia João Gordo’ que serve perfeitamente para esses momentos assim. Porque eu queria tocar guitarra, a grana estava entrando obviamente, comprei uma casa, a estrutura da Roadrunner, estava tudo funcionando. Mas no aspecto organizacional estava tudo uma merda, estava tudo muito drama, era muito pessoal, a gente queria fazer uma coisa mais profissional” – diz Andreas que comenta o fato da morte do enteado de Max ter morrido nesse período:

“Ali eu percebi que a gente não tinha estrutura profissional e objetiva para ser a banda que a gente deveria ser(…) As coisas poderiam ter sido discutidas de uma forma diferente”.

Em outro podcast, o Amplifica, apresentado por Rafael Bittencourt do Angra, o guitarrista comentou que sem o disco “Roots” do Sepultura, não haveria o Slipknot:

É óbvio. O Slipknot é uma banda que não existiria sem o ‘Roots’, cara. Fim de papo. Não tem ninguém para contestar isso. Ou seja, é um grande orgulho para o Brasil. Isso abre os olhos. É uma perspectiva para nós que temos falta de recursos. Você tem essa falta, mas tem uma conexão com o visceral que me desculpa! O cara que tem seguro desemprego lá em outros países reclamam de barriga cheia na nossa visão! Nós ralamos muito mais

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *