Porque o Metallica acabou com o thrash metal, segundo baterista do Death Angel
Will Carroll, baterista do Death Angel, revelou em entrevista recente que, quando o Metallica lançou o Black Album em 1991, ele e muitos fãs do thrash metal se sentiram traídos pela mudança de som da banda. Na época, o grupo deixou de lado a velocidade e agressividade dos discos anteriores, adotando uma sonoridade mais acessível — o que irritou parte do público mais fiel.
“No início dos anos 1990 não foi uma boa época para o thrash metal. E, talvez, o resto do mundo não veja assim, mas me lembro de estar entre os poucos fãs hardcore do Metallica em Los Angeles. Quando o Black Album saiu, a gente pensou: ‘Esses caras viraram poser, venderam tudo’”, contou Carroll.
Mesmo criticando a mudança de direção da banda, o músico reconhece o impacto e a qualidade do álbum:
“Eu ainda gosto deles hoje, mas quando você é jovem, pensa: ‘Não era por isso que eu estava aqui’. Quando ouvi o disco pela primeira vez, pensei: ‘Caramba, esse álbum soa incrível’. Entendo por que ele foi tão grande e tem boas músicas, mas não há um único momento realmente thrash nele. Mesmo assim, merece o sucesso que teve — só não é o meu favorito.”
Carroll também refletiu sobre os motivos que, segundo ele, quase levaram o thrash metal à extinção nos anos 1990. Para o baterista, o problema não foi apenas o surgimento do grunge, mas também a tentativa de várias bandas de se tornarem mais comerciais:
“Todo mundo culpa o grunge, mas a verdade é que muita banda de thrash começou a lançar álbuns ruins ou tentando ser mais acessíveis. Isso matou um pouco da autenticidade do gênero.”