Produtor relembra como era trabalhar com John Bonham: “intransigente”
John Bonham se tornou uma das maiores lendas da bateria mundial e uma grande referência para aspirantes a bateristas dos mais diversos estilos.
Em uma entrevista ao The Sonic Road Podcast, o produtor Ron Nevison, relembrou como era trabalhar com Bonham e como era um alguém “intransigente”:
“Não havia brincadeira com ele. Ele sabia o que queria. Quando montei tudo, ele me pediu para montar no corredor onde ele tinha feito gravações de sucesso em ‘Houses of the Holy’ com… Estou tentando me lembrar de quem era o engenheiro de som. Mas ele meio que sabia o que queria.
Comecei a colocar microfones ao redor da bateria. Ele disse: ‘Não. Eu disse: ‘Bem, olha, só por precaução.’ ‘Não.’ Dois microfones sobre o primeiro patamar da escada que dava para a entrada, e eu os usei — apenas um par estéreo, e é esse o som da bateria nas nove músicas que gravei em ‘Physical Graffiti’.”
Ron Nevison trabalhou com o LedZeppelin no disco “Physical Graffiti“, onde as sessões aconteceram em Headley Grange, uma remota casa de campo vitoriana em Hampshire, Inglaterra.
O processo de gravação foi notavelmente complexo e se estendeu por várias sessões. O Argenteum Astrum documentou que as sessões foram inicialmente interrompidas quando Robert Plant precisou de cirurgia vocal. Isso forçou a banda a interromper temporariamente as gravações e se reunir posteriormente para concluir o álbum. Essa interrupção contribuiu para a diversidade sonora do álbum, já que diferentes músicas foram gravadas em momentos e locais distintos.