Quando fãs do Kiss massacraram Layne e Sean do Alice in Chains com vaia monumental

Em 1996, o Alice in Chains em seus últimos shows com Layne Staley nos vocais, teve a missão de abrir para o Kiss nas apresentações que marcavam o retorno de Ace Frehley e Peter Criss.Óbvio que isso nao é uma tarefa nada fácil de se cumprir, e a situação piora quando você tenta ser “engraçadinho”.

Durante o show que aconteceu Tiger Stadium, em Detroit, as coisas quase se perderam. Em entrevista a Eddie Trunk em 2020, Jerry Cantrell relembrou o acontecido e quando o baterista Sean Kinney foi ao microfone para cantar “Beth” do Kiss. Ele diz:

Aqui está o que me lembro; pode ter havido um ou dois riffs, mas acho que o verdadeiro estopim foi quando Sean decidiu ir na frente e cantar ‘Beth’ acapella. Sean é um baterista fantástico, tem um ótimo olho e senso de negócios, é muito artístico… mas não é um grande cantor.

O próprio Sean que participava da entrevista falou sobre o ocorrido:

Cara, eles simplesmente [a multidão] não estavam gostando do humor disso. Todo o estádio, 60 mil pessoas, fui realmente vaiado – muito alto.”

Jerry lembrou também que o próprio Peter Criss não gostou da brincadeira:

Sabe, ele realmente não gostou – Peter Criss, ele teve um pequeno problema com isso.

Sean ainda lembrou que Layne ficou perguntando a plateia porque eles estavam pintados como o Kiss, e ninguém estava maquiado para se parecer com ele:

Lembro que Layne também disse – porque as pessoas estavam pintadas como personagens do Kiss, usavam maquiagem e tudo mais – e Layne, entre as músicas, olha para o público e fica tipo, ‘O que diabos há de errado com vocês? Como é que ninguém foi pintado para se parecer comigo?’

O resultado foi o estádio todo vaiando o Alice in Chains nesses momentos. Abaixo, alguns vídeos do show, incluindo a versão de Sean para “Beth”.

 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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