Quincy Jones achou versão original de “Beat It” “muito metal”, segundo Steve Lukather

Michael Jackson é um artista que ultrapassa os limites de gêneros e consegue flertar com diversos outros e consegue cair nas graças de amantes dos mais diversos estilos musicais.

Para a galera do rock, “Beat It” é um dos principais e mais amados, principalmente pelo solo feito por ninguém menos do que Eddie Van Halen. Além do lendário guitarrista, a faixa contou com os membros do Toto, Steve Lukather na guitarra e baixo, Steve Porcaro no sintetizador e Jeff Porcaro na bateria.

Em uma entrevista com o The Guardian, na ocasião da morte de Quincy Jones, Steve relembrou como foi trabalhar na música e como o produtor achou a versão original “muito metal”. Ele diz:

Beat It, nós fizemos ao contrário: o vocal principal de Michael e o solo de guitarra de Eddie Van Halen foram feitos com alguns pequenos overdubs, mas sem faixa de clique. Jeff  fez uma faixa de clique e depois uma parte de bateria, e eu toquei um monte de partes de guitarra realmente selvagens, porque eu sabia que o solo de Eddie estava nela – eu estava fazendo um hard rock de verdade, um riff de quatro faixas. Quincy nem estava lá, ele estava em Westlake fazendo overdubs em Billie Jean enquanto estávamos consertando Beat It – então estávamos no telefone e ele dizia: ‘É muito metal, você tem que se acalmar. Tenho que colocar na rádio pop! Use o amplificador pequeno, sem tanta distorção.’

Quincy é o único cara que consegue fazer um álbum solo sem tocar ou escrever nada. De alguma forma, não importa o que ele fizesse, havia um som Quincy Jones, mesmo que ele não tocasse, cantasse, escrevesse ou o que quer que seja. Ele era um diretor.”

O que teria sido esse versão de “Beat It” fica em nosso imaginário, mas enquanto isso, ficamos com a que nos foi presenteada.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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