Raimundos se pronuncia sobre acusações de viúva de Canisso
Após as acusações de Adriana Toscano, viúva de Canisso, de que o Raimundos teria suspendido os repasses dos shows da banda à família do baixista, o grupo emitiu uma nota pública falando sobre o caso. Na íntegra e como foi escrita, a nota diz:
A Banda Raimundos lamenta as alegações eacusações recentemente formuladas pela Sra. Adriana, viúva do Canisso.
Todos os reflexos financeiros de direitos autorais de Canisso foram, são e serão respeitados, como é de conhecimento da própria família, atendendo aos contratos, estatutos de empresas e legislação aplicável.
Cumpre destacar que, para além das obrigações determinadas em lei, a Banda Raimundos prestou apoio e auxílio à família do Sr. Canisso por mera liberalidade e consideração pessoal, jamais se furtando a colaborar de maneira ética, respeitosa e humana.
Qualquer afirmação que extrapole esses fatos carece de fundamento e configura mera especulação, cujos objetivos a Banda lamenta profundamente.
A Banda Raimundos sempre manteve postura íntegra, solidária e responsável em relação à família do Sr. Canisso, repudiando qualquer imputação de conduta leviana.
A Banda informa, por fim, que as medidas Legais já estão sendo providenciadas e reitera os votos de respeito, saúde e serenidade a todos.
A acusação e o contexto do acordo
Segundo o relato de Adriana, no velório de Canisso o líder da banda, Digão, teria prometido que manteria os repasses à família, após a procurar para pedir que ela apoiasse a continuidade da banda e autorizasse Jean, antigo roadie de Canisso, a assumir o baixo. Ela diz ter concordado, mas afirma que, pouco depois, o contato cessou e os repasses foram interrompidos. — um compromisso formalizado em contrato, conforme visto na foto abaixo publicada pela Revista Fórum:

Ela afirma que a suspensão dos pagamentos ocorreu cerca de um ano após a morte do músico, no momento em que a banda intensificou a agenda de shows, inclusive com apresentações em homenagem a Canisso.
Adriana também disse que os repasses referiam-se somente aos cachês de shows — a principal fonte de renda do grupo — enquanto direitos autorais e repasses de gravadoras continuaram sendo pagos aos herdeiros.
A viúva ressalta que sua queixa não é contra a banda como um todo, mas contra a atual gestão, sob responsabilidade de Digão e do empresário recém-contratado, a quem ela atribui a manobra e revela debates entre o cantor e Canisso:
“Digão vendia shows solo mais baratos do que os cachês cobrados pela banda”, revela. “Isto sempre foi um ponto de discórdia entre eles. Canisso priorizava a banda de todos as formas”, desabafa.
Ela também critica declarações recentes de Digão, que disse que os Raimundos vivem sua “melhor fase”. Para Adriana, a fala é desrespeitosa diante da morte recente do baixista, cuja ausência — segundo ela — acabou aumentando temporariamente a demanda por shows devido às homenagens.
Adriana ainda afirma que não abriu processo judicial, mas que está sendo assessorada por advogados e pode recorrer à Justiça caso a situação não se regularize. “Não é só uma questão financeira, é uma questão de respeito e de cumprir a lei”, afirmou.
“A causa principal das discussões entre Canisso e Digão nunca foi por política”, revela ela. “O que incomodava Canisso é que a agenda de shows solo do Digão não era compatível com a da banda.”
Até o momento, a banda não se manifestou publicamente sobre as acusações.
