Resenha: Ashes of Ares – “New Messiahs” (2025)

O Ashes of Ares lançou na última sexta-feira, 18, “New Messiahs“, o quarto álbum do duo formado pelo vocalista Matt Barlow e pelo guitarrista/ baixista Freddie Vidales. Ambos foram companheiros no Iced Earth entre os anos de 2007 e 2011. No passado, a banda contou com Van Williams, baterista que está retomando o Nevermore junto com Jeff Loomis.

O álbum saiu pelo selo grego ROAR!, em CD e também nas plataformas digitais, somente na Europa, pois a América do Norte terá acesso à sua versão somente em 8 de agosto, marca o fim do hiato de três anos e meio desde o último play, “Emperors and Fools“, que contou com Van Williams como músico contratado. Para este “New Messiahs“, o baterista convidado é Kyle Taylor, com quem Freddie Vidales tocou no Infusion entre os anos de 1993 e 2005.

A dupla gravou o novo play em Phoenix, Arizona, no estúdio Villain Recording. O responsável pela gravação e masterização é Byron Filson. Charlie Honig, Craig Blackwell e Todd La Torre também participaram como músicos convidados. Em seu press-release, a banda diz que chega disposta a prosseguir com sua busca pela excelência no som.

Colocando a bolacha para rolar, é impossível não ouvir a banda de dois caras que tocaram no Iced Earth e não tecer comparações, é impossível, ainda mais quando o vocalista é alguém que passou anos cantando em uma das bandas mais importantes da cena estadunidense de Metal dos anos 1990. As semelhanças na sonoridade existem, é claro, mas a voz de Barlow combina mais com os riffs nervosos do apoiador da invasão ao Capitólio, Jon Schaffer. Não que Freddie Vidales seja ruim, pelo contrário, ele também traz uma gama de boas ideias e alguns riffs que surpreendem.

A versão que tivemos acesso é a que está disponível nas plataformas de streaming, que tem dez canções e duração de 48 minutos. A versão em CD físico conta com duas faixas bônus, uma delas é um cover para “And the House Fell Down“, de Etlon John. A primeira faixa, “Novus Ordo” é uma vinheta bem longa e chata, mas a partir do momento em que o Power Metal da banda entra em ação, a má impressão causada pela faixa de abertura cai por terra.

Os grandes destaques do álbum ficam por conta da pesada e densa faixa-título, “Wake of Vultures” é bem pesada e rápida, nos remetetendo mais uma vez ao Iced Earth. “Atrophy” é bem trabalhada e o baterista Kyle Taylor executa um excelente trabalho aqui. E “From Hell He Rides” tem um baita clima épico, que a voz de Barlow casa muito bem. A produção é muito bem caprichada, assim como a arte da capa, assinada por Kamila Pietruczynik.

O Ashes of Ares nos entrega um bom trabalho. Óbvio que eles não reinventaram a roda, mas “New Messiahs” está longe de ser um álbum decepcionante. Vai agradar aos adeptos do Power Metal. E quem sabe, conquistar novos seguidores.

NOTA: 8.0

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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