Resenha: Asking Alexandria – “Where Do We Go From Here?” (2023)
Uma das bandas que mais fez sucesso entre os novos fãs de música pesada no início dos anos 2010, o Asking Alexandria está de volta com o seu novo álbum “Where Do We Go From Here?“, lançado no dia 24 de agosto pela Better Noise Music. Após se aventurar, e muito bem, por uma sonoridade mais voltada ao Hard Rock, praticamente se abdicando dos guturais tradicionais do vocalista Danny Worsnop, aqui os caras resgatam de uma maneira nostálgica e ao mesmo tempo aventureira a sua essência, buscando um equilíbrio entre a modernidade e seu antigo som.
Mesmo que menos potentes, os guturais reaparecem na faixa de abertura “Bad Blood“, na qual despejam ótimas linhas de bateria, incluindo não usuais blast beats com uma atmosfera densa e cheia de energia. Você ainda encontra esses momentos mais nostálgicos em “Things Could Be Different“, que tem em seu refrão alguns momentos mais melodiosos; “Dark Void“, que começa bem pesada e vai alternando em momentos mais agitados e outros bastante melódicos.
A banda ainda flerta com o Hard Rock em “Psycho“, uma faixa que é introduzida por uma harmonia acústica e que ainda apresenta batidas eletrônicas em momentos pontuais. “Nothing Left” segue a mesma linha, mas com momentos mais velozes da bateria. Os vocais limpos são predominantes e uma atmosfera mais tensa é apresentada.
Ainda merecem destaque as faixas “Feel“, a qual tem um dos melhores refrãos do álbum, “Let The Dead Take Me“, com uma bela passagem melódica. Ainda temos “Kill It With Fire“, um Hardcore surpreendente que é muito divertido. Fechando o álbum temos a lindíssima faixa-título, com uma melodia acústica, na qual Worsnop despeja linhas vocais com muito feeling. Você realmente sente que o cara está cantando com a alma. Ao seu final um piano enriquece a música antes de a banda completa entrar e finalizar com muita competência a melhor faixa do álbum.
Amadurecimento é a palavra que define o novo álbum do Asking Alexandria. A banda que era febre entre os adolescentes hoje mostra uma maturidade para explorar novos elementos sem deixar o passado de lado. Soube equilibrar suas composições sem inundar as músicas com gritos desenfreados e também não soando farofa demais como algumas faixas de álbuns recentes, onde extrapolaram no Hard Rock. Enfim, álbum agradável que pode pintar mais vezes na playlist.
Nota: 8.0