Resenha: Beyond The Black (2023)

Vindo da Alemanha, o Beyond The Black caminha há quase uma década e passeia entre cinco discos lançados. O grupo ganhou maturidade acompanhando nomes gigantes como o Scorpions, Aerosmith e o Korn, o que os levou a trabalhar de forma mais concisa na hora de voltar ao estúdio.

O quinto degrau de sua escalada chegou este ano, auto intitulado e lançado pela Nuclear Blast Records, distribuído no Brasil pela Shinigami Records.

Aqui a banda amadurece seu som e mostra potência dentro de seu som performático e agitado, ficando entre uma mistura do Amaranthe e o Nightwish.

Abrinco com a forte “Is There Anybody Out There?”, o disco mostra agilidade, peso e velocidade, sendo um ótimo cartão de visita. A vocalista Jennifer Haben acerta em Curitiba nnas nuances de vozes escolhidas e explode em um grande refrão. “Reincarnation” é mais cadenciada e flerta com algo na vibe do AOR, e cria algumas diferenças da faixa anterior. “Free Me” é densa, melancólica e aposta no gótico moderno. Mais um bonito refrão no é entregue aqui. “Winter is Coming” é ágil e seu instrumental me remeteu muito ao Sonic Syndicate. “Into the Light” é o que o fã do metal sinfônico espera, a música em crescendo e vozes sobrepostas no refrão, com melodias de notas longas e altas. “Wide Awake” é a balada do disco, delicada e muito bonita, cristalina e com um trabalho melódico impecáveis do violão e a voz de Haben, que aos poucos vai ganhando corpo e termina lá em cima. Mais adiante encontramos “Raise Your Head”, que incorpora o moderno ao sinfônico e cria uma linha que muitas bandas estão trabalhando e assim, eis uma das melhores músicas do disco. A climática e presente “I Remember Dying” fecha o álbum, deixando gosto de dever cumprido.

A bela produção do trabalho ajuda a cativar o ouvinte, que se vê preso no disco, que tem uma audição fácil e prazerosa de se “degustar”. Mesmo aos não fãs do gênero, que é meu caso, o Beyond The Black alcança o feito de conseguir captar mesmo esses, um grande mérito da banda aqui, conseguindo agradar a gregos e troianos, ou pelo menos boa parte deles. A audição é com certeza indicada e você não irá se arrepender.

NOTA: 8

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *