Resenha: Danillium – “FormulA Involution” (2024)
A discussão em torno do uso de inteligência artificial na música é algo que está em voga e divide as mais diversas opiniões sobre o assunto. Imagine agora um álbum inteiro feito usando esse recurso?
Isso aconteceu e foi ideia do Gabriel Oliveira, quando criou o Danillium, que lançou o disco “FormulA Involution“, lançado em parceria com a Voice Music, um, segundo ele próprio, experimento para testar os segredos e limites da IA e criou um disco com o que há de melhor dentro do gênero do power metal.
A faixa de abertura “Danillium AI” traz tarços do Dragonforce, e vai com certeza agradar a todos os ouvintes da banda ou do estilo. “The Dance of the Comedy” é rápida, enérgica e traz linhas vocais muito legais, assim como detalhes do teclado que enriquecem a faixa. Há passagens em sua metade que lembra o eletrônico dance do início dos anos 2000, o que é bastante curioso. “A New Eagle Fly Free” é uma referência clara ao clássico do Helloween e conta a história de um alguém apaixonado pelo metal melódico e sem dúvidas uma das melhores do disco. “In Their Quest for Appetite” é uma balada que traz algo do pop e essa brincadeira com misturas de estilo se torna divertida de acompanhar. O instrumental “Artificial Revolution” é algo assombroso de se ouvir ao se lembrar que tudo aquilo foi feito por robôs e consegue alcançar o nível técnico de compositores reais e mestres do instrumento. A pesada faixa título “Formula Involution” é bruta e invoca o melhor de Malmsteen.
O registro passeia ao todo por 17 faixas, que vão fazer um jogo de adivinhar as referências e ainda ousa ao trazer até faixar bônus!
Ao final da audição é inegável falar sobre a qualidade assustadora que a “brincadeira” tem e com certeza amplia o debate sobre a IA e o seu poder adentrando pelas mais diversas áreas do mundo e da arte.
NOTA: 7
Valeu!!!!