Resenha: Eleine – “We Shall Remain” (2023)
Ao longo de quase uma década, o Eleine vem conquistando mais e mais fãs dentro do metal sinfônico/melódico e se tornando um dos grandes nomes da área.
Eles chegam em 2023 com seu mais novo registro, “We Shall Remain“, lançado pela Atomic Fire e tendo a parceria com a Shinigami Records.
Abrindo com a potente “Never Forget“, uma enxurrada de riffs de Rikard Ekberg aliados a bela voz hipnótica de Madeleine Lijestam. A faixa mescla peso e melancolia sendo um bom convite para o ouvinte ver o que mais virá pela frente. “Stand By the Flame” tem bom versos marcado e um refrão esbanjando melodias com corais que carregam o momento. “We Are Legion” é agressiva na introdução e é um hino aos fãs da banda, em sua levada mais metálica, com bom groove e vocais rasgados em contraponto aos de Madeleine. “Promise of Apocalypse” não irá fazer você se lembrar uma obra prima do metal só no nome, mas os primeiros momentos da música se assemelham a “Progenies of the Great Apocalypse” do Dimmu Borgir. Os arranjos de teclados são bem parecidos e até alguns momentos do instrumental nos versos remetem ao épico do metal extremo. A música é caótica e tem boa intenção, ainda que a semelhança possa incomodar em alguns pontos. “Blood in Their Eyes” é desenhada por riffs modernos e um refrão que pode ser tido como o melhor do disco. Carregado, denso e incríveis linhas vocais. Daí pra frente, nos deparamos com a bruta “Through the Mist“, um muro de concreto pesado na introdução e de versos ágeis e sólidos, sendo uma das mais fluídas do disco, mesmo apresentando diferentes passagens no seu decorrer. “Suffering” me remeteu a alguns instrumentais do Soilwork dos anos 2000, o que mostra que os suecos conseguem mesclar muito bem suas referências. O disco fecha com a dobradinha, “War Das Alles“, mais cadenciada e climática e a faixa título, que bebe do death metal melódico e coloca na mesa um encerramento em grande estilo!
Confesso que não tinha lá muitas expectativas com o que encontraria por aqui, acreditando ser só mais uma banda tentando se escalar ao novo Nightwish, mas muito pelo contrário, as coisas são bem distantes disso e mostra uma banda que está achando uma fórmula que sabe como entregar em suas diversas misturas. Mesmo que ainda sem reinventar a roda, o Eleine entrega um bom disco, rápido, conciso e bem amarrado, em momentos além de rótulos.
NOTA: 7