Resenha: Enforcer – “Nostalgia” (2023)

Não havia melhor título para o novo disco do Enforcer do que “Nostalgia”.

É exatamente o que o álbum apresenta. Uma grande nostalgia é vista por aqui, chegando ao ponto de em alguns momentos soar como uma mera cópia, porém, esse não é um problema grave.

Lançado pela Nuclear Blast Records e distribuído pela sempre parceria, Shinigami Records, o álbum dos suecos abre com um prelúdio rápido de “Armaggedon”, com ares de Malmsteen, e a faixa da sequência não é diferente. “Unshackle Me” é carregada de riff com cara de próprio, e os ares “operisticos” combinam com a bela capa aquarelada e dramática. “Coming Alive” é rápida e encarna um speed metal virulento e que poderia figurar em um disco do Helloween dos primórdios. “Heartbeats” tem mudanças no andamento, cheia de trocas rápidas que misturam ritmos mais agressivos com passagens mais lentas. O trabalho continua sua corrida entre influências diferenciadas, como a “Keep the Flame Alive“, que soa como um Bee Gees turbinado, mas que acaba não parecendo se encontrar. A faixa título, “Nostalgia” é uma balada dark, muito bem arranjada e com refrão cheio de presença.

Com pequenos deslizes, o Enforcer constrói um disco diferido e cheio de referências, inclusive a si próprio. É inofensivo, mas cumpre bem seu papel.

NOTA: 7

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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