Resenha: Exodus – “Shovel Headed Tour Machine – Live at Wacken”
Com o lançamento de Shovel Headed Tour Machine: Live at Wacken and Other Assorted Atrocities, o Exodus entrega não apenas um registro de show, mas uma autêntica imersão na sua história com a apresentação no Wacken Open Air de 2008 e que volta as prateleiras pela parceria Nuclear Blast e Shinigami Records.
A banda demoliu a plateia com faixas clássicas como “Bonded by Blood”, “A Lesson in Violence”, “Piranha” e “Strike of the Beast”, mescladas a composições mais modernas como “Iconoclasm”, “Blacklist” e “War Is My Shepherd”. A performance de Rob Dukes como vocalista é particularmente marcante: sua presença é agressiva, visível e cheia de energia, conduzindo a multidão com uma intensidade visceral.
A gravação ao vivo permite reviver o show do Wacken realizado em 2008 com a mesma intensidade, embora alguns críticos mencionem pequenas falhas na mixagem, especialmente em termos de fidelidade sonora, o que pode dar a sensação de certa austeridade sonora para quem ouve sem a imagem. Ainda assim, músicos como Gary Holt (guitarra), Lee Altus (guitarra), Jack Gibson (baixo) e Tom Hunting (bateria) demonstram sincronia e potência — a seção rítmica é firme, os riffs agressivos como sempre, mostrando o Exodus como a máquina visceral que é.
A cobertura da produção é de alto nível: segundo o Whiplash, a mixagem e masterização ficam a cargo de Andy Sneap, o que dá ao áudio uma clareza poderosa sem sacrificar o impacto do thrash ao vivo. E no documentário, essa qualidade se reflete na forma como a câmera capta tanto a banda quanto o público — não se trata apenas de filmar, mas de eternizar a química entre o palco e a plateia.
Aqui era o ponto da fase em que Rob Dukes assumiu os vocais e ajudou o Exodus a reforçar sua identidade no cenário do thrash moderno. Para fãs veteranos, ele traz os grandes clássicos; para os mais novos, mostra que o Exodus segue vibrante e em plena forma no palco.
Em suma, Shovel Headed Tour Machine é uma peça imprescindível para qualquer entusiasta do thrash metal. É mais do que uma simples gravação de show — é um retrato vivo de uma banda que se recusa a se acomodar, traduzindo o peso, a agressividade e a alma do Exodus em uma experiência.
NOTA: 8
