Resenha: H.e.a.t – “Tearing Down the Walls”

Em 2014, o H.e.a.t passava por atribulações em sua história. Este era o segundo disco com o vocalista Erik Grönwall, nos dias de hoje a frente do Skid Row, e a banda passava ainda, pela baixa do segundo guitarrista Dave Dalone.

Mas foi dessas mudanças que o grupo resolveu inovar e se reformular também no seu som. Fazendo um melhor uso de uma guitarra só, as músicas se mostram mais pesadas do que anteriormente, mesmo que eles mantenham o seu estilo, mais fixado no hard rock. É disso que nasce “Tearing Down The Walls”, relançado recentemente pela Shinigami Records.

Em “Point of no Return”, faixa de abertura, já é possível vermos que as coisas mudaram por ali. Soando mais “firme”, os versos são mais dinâmicos do que antes, mas sem perder a mão, o refrão vai para um hard tradicional e característico. A faixa título é outra de destaque, com um refrão dramático e com notas bem altas dos vocais e mostrando porque Erik foi a escolha para o Skid Row. “Inferno” é agressiva e furiosa, com uma pegada forte, a faixa é cheia de imponência e presença. E ainda há de citar a força com que “Mannequim Show”. A música começa com um tom de uma marcha circense, e quando os riffs aparecem em conjunto com os teclados, algo soa como uma música pop feita diretamente para o rádio, mas ao mesmo tempo, com um peso muito bem encaixado. Essas facetas são realçadas no forte refrão que gruda fácil e se torna, talvez, a música mais bem feita do trabalho todo, e acredite, essa não é uma tarefa fácil por aqui.

O H.e.a.t achou em seus abalos força para respirar e como dizem, o que não o mata, te deixa mais forte, e aqui não foi diferente. A banda aposta e se arrisca, e consegue acertar devidamente no alvo e cria um trabalho bastante memorável em sua carreira.

NOTA: 8

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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