Resenha: Heavy Water – “Dreams of Yesterday” (2023)

Nascido como um projeto no lockdown da pandemia, o Heavy Water traz em sua composição Biff Byford, lendário vocalista do Saxon, acompanhado de seu filho, Seb.

No ano passado, o projeto trouxe a vida seu segundo disco, “Dreams of Yesterday“, lançado pela Silver Linning Records e lançado no Brasil pela Shinigami Records.

O álbum já traz de cara sua faixa título na abertura, com um riff poderoso, encorpado, moderno e cheio de força! As vozes de pai e filho se completam no refrão criando uma baita abertura, com o melhor ar do puro heavy metal. A segunda faixa, “Don’t Take It For Granted“, já muda a pegada, com Seb dominando as vozes, e traz um som mais modernão, com um groove mais funkeado e mostrando que o trabalho pretende caminhar em águas diferentes ao seu longo. “How Much Can You Take“, é estrondosa na introdução, e Biff chega com toda a sua potência vocal, combinando sua presença com riffs densos e viscerais em uma das melhores faixas do álbum. “Castaway” é a mais sombria do disco, e traz algo como uma fusão do Alice in Chains com Led Zeppelin. “Shadows of Life” traz um lado mais setentista, e faz Seb brilhar, mostrando sua bonita voz em totalidade. Passado o momento mais denso do álbum, temos a alto astral “Another Day” que traz um hard rock moderno, “Be My Savior” que continua a mesma pegada de ritmo mais acelerado, e a bluesistica “Life to Live” é quem fecha as dez músicas apresentadas.

Para um projeto que nasceu descompromissado e sem muita pretensões, esse segundo disco do Heavy Water se mostra um grande registro que muitos podem não ter dado atenção, mas que certamente merece que o seu ouvido caia em cada nota aqui executada.

NOTA: 7

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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