Resenha: Holy Moses – “Invisible Queen” (2023)

Foram nove anos para que o Holy Moses trouxesse um novo trabalho a tona. Eis que assim nasce “Invisible Queen“, lançado pela Fireflash Records e distribuído no Brasil pela Shinigami Records.

Junto da boa notícia de um novo registro, veio também a má notícia. Esse será o canto do cisne do Holy Moses. Sim, a banda irá encerrar suas atividades, mas faz isso em um momento épico, com um álbum maduro, coeso e brutal! Um dos melhores exemplares do thrash metal lançado este ano está, sem sombra de dúvidas, aqui!

Downfall of Mankind” abre o registro com uma entrega fantástica, seja pelo trabalho incrível da vocalista Sabina Classen, tanto quanto pela banda, que cria um solo impecável para a faixa e uma cozinha animal! “Cult of the Machine” é visceral e da sequência, com um refrão poderoso e uma levada cadenciada magistral, sendo um dos grandes destaques do disco. A faixa ganho um vídeo bem interessante que capta a força que a música tem. A linha de baixa por aqui é hipnotizante e um grande trabalho de Thomas Neitsch. A trinca de abertura fecha com “Order Out of Chaos”, rápida e carregada por riffs. A faixa título vem em seguida, e procura dar um andamento mais rápido, porém, mais cadenciada que as anterior, com versos que são um verdadeiro caos. Mais adiante o disco trabalho com alguma variedades dentro do “extremo”, como “Too Far Gone“, que traz uma linha de bateria um pouco diferenciada e “Through The Veils Of Sleep” com sua introdução soturna e densa, impõe respeito desde a primeira nota entoada. 

Na estrada desde os anos 80, o Holy Moses fecha as cortinas em alto nível, com um verdadeiro desfile de luxo dentro do thrash metal, com um disco que com certeza irá ficar na memória tantos dos fãs da banda, como os do estilo.

NOTA: 8

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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