Resenha: Immortal – “War Against All” (2023)
Algumas bandas lidam bem com saídas de membros, outras, nem tanto.
Desde a separação entre Abbath e o Immortal, a segunda parte não andou muito bem das pernas, apresentando alguns lançamentos mornos, ou aquém do que se poderia esperar do grupo.
Mas finalmente, agora em 2023 as coisas começaram a tomar algum rumo, com “War Against Wall“, o mais novo registro da banda, agora encabeçada por Demomaz.
Lançado pela Nuclear Blast e lançado no Brasil pela Shinigami Records, este é o 10° disco do Immortal, e foram cinco anos de espaço entre esse e o anterior. E ainda, houve a saída de Horgh e uma, disputa pelo nome com Abbath. Isso tudo é refletido desde o nome do álbum até a sonoridade ali cravada.
A faixa título é quem abre e traz a parte visceral costumeira que o Immortal tem. “Thunder of Darkness” é uma das mais fortes do disco. “Wargod” fecha a trinca inicial, e para quem acompanha a banda de outros momentos, o riff principal da faixa deve remeter a um momento clássico do passado. “No Sun” é cadenciada e quebra um pouco a batida mais agressiva, e mais adiante, “Norlandihr” é uma instrumental que busca passar por climas gelados e atmosféricos em seus longos 7 minutos, que não sei se realmente eram necessários. O disco fecha no black metal clássico do Immortal, inclusive com uma faixa que traz o nome da banda.
Com certeza, estamos diante do melhor disco lançado com Demonaz a frente, mas também, tem o (não) feito de não trazer nenhuma novidade do gênero ou para sua própria história. Mas nem por isso, o trabalho é diminuído, com o Immortal se autoreferenciando e buscando se aproximar de sua própria trajetória, agendando assim a saudosistas e novatos.
NOTA: 7