Resenha: Jinjer – “Duél” (2025)

Três anos depois do lançamento de “Wallflowers“, os ucranianos do Jinjer estão de volta com “Duél“, o quinto álbum desta, que provavelmente é a banda que mais se destaca dentre as que surgiram nos últimos anos.

O quarteto de Donetsk, que promove uma verdadeira mistura de diferentes vertentes do Heavy Metal, como elementos do Progressive Metal, Djent, além de elementos modernos, que podem não agradar ao fã mais conservador (o asco que essa palavra no contexto social provoca, é enorme), causam a sensação de sonoridade única na cena, e por isso a banda colhe os frutos do bom trabalho realizado.

A covarde invasão russa ao território ucraniano, acabou atrasando o processo de composição e gravação do novo álbum , que foi lançado no último dia 7, via Napalm Records, em CD e LP. A vocalista Tatiana Shmayluk admitiu em entrevistas que, por conta dessa situação caótica, ainda não conseguiu processar o que acontece à sua volta e isso atrapalhou o processo criativo da banda.

O novo play contou mais uma vez com a produção do companheiro de longa data, Mark Morton e foi gravado ao longo do ano de 2024, fazendo com que o quarteto seja uma das primeiras bandas a nos brindar com um novo lançamento no ano que acabou de começar. E quem já conhece o Jinjer, não irá se decepcionar com “Duél“, pois as características da banda permanecem ali, praticamente intactas, que somadas à performance da belíssima e talentosa Tatiana Shmayluk, que oscila entre vocais raivosos e melódicos, lembrando o médico e o monstro, é o grande diferencial dos ucranianos.

Duél” tem onze faixas, que duram breves 42 minutos. Podemos destacar “Tantrum‘, a faixa de abertura, flerta com o Death Metal, “Dark Bile” combina técnica, com peso e melodias na medida certa, “Fast Draw” é rápida e agressiva e a faixa-título, que traz riffs cadenciados sem abrir mão do peso. A produção é cristalina, bem como a performance de cada um dos integrantes, tornando a audição mais agradável.

Duél” mostra que o Jinjer vai continuar por algum tempo sendo uma das bandas mais relevantes de seu tempo. E o álbum tem tudo para agradar aqueles que têm uma mente mais aberta e não se limitam a se prenderem em um passado.

NOTA: 7.0

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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