Resenha: Kataklysm – “Goliath” (2023)

Quase três anos depois, os canadenses do Kataklysm nos brindam com um novo play. “Goliath” é o álbum de número 15 deste quarteto, que está entre os mais pesados e mais técnicos do Death Metal atualmente na cena.

Goliath” marca a estreia do baterista James Payne, que desde 2020 está na vaga deixada por Olivier Beaudoin. Ele deu conta do recado e é um dos grandes destaques do álbum, com suas batidas rápidas e precisas, além de um bumbo duplo infernal. O restante da formação se mantém junta pelo menos há 25 anos, o que justifica tamanho entrosamento que podemos perceber no álbum, lançado na sexta-feira (11), via Nuclear Blast. Como (quase) de costume, a versão nacional saiu pela Shinigami.

Três estúdios foram utilizados para a gravação desta pedrada: JFD Studios, Studio City e o The Cabin. A produção é mais uma vez assinada pelo guitarrista Jean-François Dagenais. A capa, que retrata a luta entre os personagens bíblicos Davi e Golias, de uma forma bem rústica, é assinada pelo israelense Eliran Kantor, o mesmo que refez recentemente as capas de “Morbid Visions” e “Bestial Devastation“, dos irmãos Cavaleras e também trabalhou com Helloween, Iced Earth, Incantation, Heaven Shall Burn, Hate Eternal, Kreator, Krisiun, além de já ter trabalhado com o próprio Kataklysm antes, no álbum “Waiting for the End to Come” (2013).

Com dez músicas em breves 40 minutos, temos o Kataklysm de sempre: rápido, brutal, pesadíssimo, com timbres de guitarra que mantém o ouvinte atento durante toda a extensão do play. Como grandes destaques, podemos separar as faixas “Die as a King” flerta entre o Groove e o Djent, além de contar com riffs muito bons. “From the Land of the Living to the Land of the Dead” é rápida e em um nível tão bruto que poucas bandas como o Kataklysm conseguem ser. “Heroes to Villains” alterna partes rápidas com outras mais cadenciadas e um certo clima atmosférico.

O trabalho de produção está muito bem feito, como sempre. Os veteranos mostraram que não vieram para figurar e “Goliath” certamente irá mantê-los entre as mais influentes bandas de sua vertente. Não indicado para quem tem ouvidos sensíveis, mas vai agradar em cheio quem ama música pesada ao extremo, mas sem abrir mão do virtuosismo que a banda traz consigo.

NOTA: 8,0

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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