Resenha: Lacuna Coil – “Sleepless Empire” (2025)
Depois de cinco anos e uma pandemia no meio disso tudo, mas o Lacuna Coil está de volta com “Sleepless Empire“, o décimo álbum de estúdio da banda mais relevante do cenário da Itália.
Para o novo álbum, mudança no lineup: o guitarrista Diego Cavalloti acabou saindo da banda no ano passado. Então coube à Marco Coti Zelati a tarefa de gravar também as guitarras aqui. Ele acumula as funções de baixista e tecladista da banda, além de ser o produtor dos álbuns do Lacuna Coil.
Apesar de tantos anos de espera por um novo álbum de inéditas, os integrantes já trabalhavam nas músicas desde o ano de 2022, e Marco Coti Zelati afirmou em entrevista que a pandemia atrapalhou os planos da banda, que pretendia ter lançado esse play antes. O álbum foi gravado durante o ano de 2024, no SPVN Studios, localizado na cidade de Como, na Itália. O álbum foi lançado pela Century Media nesta sexta-feira, 14, mas algumas canções já haviam sido apresentadas pela banda como singles, entre os anos de 2023 e 2024.
“Sleepless Empire” contou com a participação de dois convidados especiais: o vocalista Randy Blythe, do Lamb of God, e também a vocalista do New Years Day, Ash Costello, que cantaram nas músicas “Hosting The Shadow” e “In the Mean Time“. A arte da capa, que é bem esquisita, por sinal, diferente de outros álbuns lançados pela banda, é assinada por Roberto Toderico.
Bolacha rolando, os italianos nos apresentam um álbum com onze canções, em 46 minutos. O Lacuna Coil explora bem o peso, mas quem se habitou com a sonoridade da banda nos primeiros álbuns, quando tinham músicas mais sombrias e densas, certamente estranhará, pois aqui os elementos do Metal moderno estão ainda mais presentes. Claro, que ainda há a delicada e poderosa voz da diva Cristina Scabbia, alternando com os vocais guturais de Andrea Ferro, mas isso não parece ser o suficiente para fazer o álbum decolar.
Mas existem algumas músicas a se destacar aqui em “Sleepless Empire“, como a pesada e densa “Sleep Paralysis”, ‘In the Mean Time“, que flerta com o Djent em sua primeira parte, “In Nomine Patris“, que talvez seja a que mais remeta aos primórdios da banda e também a faixa “Hosting The Shadow“.
O álbum vai agradar em cheio aos fãs desta nova fase do Lacuna Coil. Para quem admira obras como “In a Reverie” ou “Unleashed Memories”, vai ficar um gosto agridoce. Não é um álbum ruim, mas parece pouco, considerando a capacidade que a banda tem de apresentar melhor resultado.
NOTA: 6.0