Resenha: Melvins – “Thunderball” (2025)

Com um intervalo de praticamente um ano, mais exatamente 364 dias, o Melvins lançou, no dia 18 de abril, “Thunderball“, o 28° álbum desta que é talvez, uma das maiores e a mais influente das bandas do Sludge Metal. O álbum saiu pelo Impecac Recordings, selo de propriedade de Mike Patton (Faith no More), nos formatos físico (CD/ LP) e digital.

Para este novo play, Buzz Osbourne se encarregou de tocar guitarra, baixo, mais o vocal e se juntou ao baterista Mike Dillard, na formação batizada de Melvins 1983, sendo eles dois, os membros originais do Melvins. Ficaram de fora deste projeto, mas permanecem na banda, o baixista Steven Mcdonald e o baterista Dale Crover. Embora Mike Dillard seja o baterista original do Melvins, ele só havia gravado os álbuns “Tres Cabrones” (2013) e “Working With God” (2021).

A dupla se juntou no estúdio de propriedade de Buzz Osbourne, e segundo o líder do Melvins afirmou em entrevistas, todo o processo de gravação e mixagem levou aproximadamente cinco dias. O álbum conta ainda com participações de Ni Maîtres e Void Manes, dois músicos especializados em música eletrônica, de Atlanta e que já abriram alguns shows do Melvins. A produção é assinada por Buzz Osbourne e Toshi Kasai, sendo que este último também foi o responsável pela gravação e mixagem.

A bolacha segue basicamente a mesma fórmula de seu antecessor, o ótimo “Tarantula Heart“: cinco faixas e a duração é quase a mesma, são 34 minutos, contra 39 do anterior. A diferença é que aqui temos uma quantidade maior de músicas mais extensas. As três últimas somam quase 29 minutos. “King of Rome” é a mais direta de toda as canções, com bons riffs. “Short Hair With a Wig” tem muito feeling e “Venus Blood” traz um belo clima psicodélico, sendo esses os principais destaques de um álbum curto, mas com o selo de qualidade do Melvins.

Temos um ótimo álbum que certamente não irá decepcionar aqueles que acompanham a banda por décadas. E vai conquistar quem ainda não conhece o poderio que Buzz Osbourne tem a capacidade de fazer. Super recomendado.

NOTA: 8.0

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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