Resenha: New Horizon – “Conquerous” (2024)

O New Horizon surge como o projeto paralelo de Jona Tee, conhecido por seu papel como produtor, compositor e multi-instrumentista, além de ser o tecladista da banda de rock melódico HEAT. O primeiro álbum do New Horizon, “Gate Of The Gods“, contou com a voz potente de Erik Grönwall, ex-vocalista do HEAT. Com a saída de Erik para se juntar ao Skid Row, Jona Tee se viu diante do desafio de encontrar um substituto à altura para dar continuidade ao New Horizon. Esse desafio o levou a Nils Molin, vocalista renomado por seu trabalho no Dynazty e no Amaranthe, e um velho amigo de Jona. Nils, ao ouvir o novo material, ficou imediatamente atraído pelo som, marcando assim o início do segundo capítulo da banda com o lançamento de “Conquerors”, lançado pela Frontiers Records e trazido ao Brasil pela Shinigami Records.

O álbum “Conquerors” abre com força em “Against The Odds”, uma faixa introdutória que já dá o tom majestoso do trabalho. Em “King Of Kings“, a narrativa se volta para a figura de Jesus Cristo, um tema que permeia várias canções do álbum. A proposta do álbum é revisitar figuras e eventos históricos que deixaram sua marca no mundo, como em “Daimyo”, que homenageia Oda Nobunaga, o unificador do Japão feudal, e “Apollo”, uma referência à missão lunar da NASA. A grandiosidade de “Alexander The Great“, cover de Iron Maiden, não poderia faltar, trazendo à tona a história do líder militar macedônio que construiu o maior império de seu tempo. É nítida a influência de Iron Maiden, Hammerfall e Edguy no trabalho de Jona Tee, que se reflete nas melodias rápidas e energéticas, nas batidas vigorosas de Georg Härnsten Egg e nos riffs de guitarra intensos e cativantes.

Os guitarristas convidados, como Love Magnusson em “King Of Kings” e “Edge Of Insanity“, Daniel Johansson em “Daimyo” e “Apollo”, e Laucha Figueroa em “Shadow Warrior” e “Fallout War“, agregam ainda mais peso e virtuosismo às faixas, criando solos soberbos que se destacam ao longo do álbum. Nils Molin, por sua vez, entrega uma performance vocal poderosa e versátil, especialmente em “Edge Of Insanity” e na impressionante interpretação de “Alexander The Great“.

Entre as dez faixas, há espaço também para uma balada, “Before The Dawn“, onde os vocais de Elize Ryd, a vocalista do Amaranthe, brilham com uma combinação de emoção e potência, complementados de maneira sublime pela voz de Nils Molin. A química entre os dois é evidente, tornando esta faixa um dos destaques do álbum.

Com “Conquerors”, Jona Tee se supera tanto na composição quanto na produção, entregando um álbum que promete ser um dos grandes lançamentos de power metal/melódico de 2024. Nils Molin se prova uma escolha acertada para os vocais, elevando o nível das canções com sua interpretação impecável. “Conquerors” não é apenas um álbum, mas uma verdadeira obra-prima que une poder musical e narrativo, contando histórias de forma épica em dez faixas excepcionais. Sem dúvida, um álbum indispensável para os fãs do gênero neste ano.

NOTA: 7

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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