Resenha – Overkill – “Scorched” (2023)
O Overkill é uma máquina de criação em estúdio e não fica muito tempo longe dali, pensando em trazer suas “crias” aos seus devotos seguidores. Mas, dessa vez foram longos quatro anos até uma nova investida, muito devido a pandemia, pois o processos de criação já estava encaminhado antes de todos as mazelas que sofremos em 2021.
Recuperados do períodos nebuloso, eis que a banda completa a meta de 20 discos lançados com “Scorched”, lançado pela Nuclear Blast e trazido ao Brasil ela Shinigami Records, mantendo sua fórmula de outrora e que é o prato cheio para os que aguardam ansiosos por um novo registro.
Já de cara a faixa título abre os trabalhos com um ótimo riff, e mostra a dupla Dave Linsk e Derek Tailer em sincronia perfeita. Já de imediato vemos como o trabalho de produção do álbum foi impecável. A cheia de presença “Goin’ Home” é densa em seu começo e segue cadenciada com um virada agressiva em sua parte principal. “The Surgeon” é aquele thrash que queremos ouvir. Marcado pelo baixo triturador e uma virada de ritmo cheia de groove em sua metade. “Twist of the Wick” é agressividade pura e segue o caminho iniciado na faixa anterior! Mais adiante, encontramos “Fever”, música que traz algumas nuances diferenciadas do habitual. O começo mostra o vocalista Bobby Blitz em vocais limpos, lembrando de longe Ozzy Osbourne. Em sua segunda metade, a música vai crescendo e ganha os traços do Overkill. “Harder They Fall” é agilidade pura novamente e agradará em cheio fãs da banda e também do Exodus, pois poderia facilmente figurar em um disco deles. Encerrando a “cavalada” “Bag o’ Bones” coloca o trabalho em um grande momento do thrash metal deste ano.
Para muitos, eis aqui o disco do ano, pelo menos até o momento. Claro que há uma sensação de já se ter ouvido isso antes, o que pode tirar um pouco do brilho da obra, o que foi o meu caso. Mas o fato é que eis aqui um bom exemplar dos amantes da música pesada e que certamente terá um bom espaço nos lançamentos de 2023.
NOTA: 8