Resenha: Sodom – “40 Years At The War – The Greatest Hell of Sodom” (2022)

Em 40 anos de carreira, o Sodom virou um verdadeiro titã do thrash metal alemão, na comemoração de quatro décadas de música pesada, a banda decidiu trazer um presente aos fãs com o disco “40 Years At The War – The Greatest Hell of Sodom“, que faz um apanhado da longeva estrada que a banda já percorreu.

Mas não pense que o trabalho se trata de somente uma coletânea. Não! As coisas por aqui são bem diferentes disso. O grupo apresente em pouco mais de uma hora, 17 canções que passeiam por todos os seus discos lançados, mas, com o adendo de um ar jovial, mais madura e moderna, com uma produção mais polida e trazida para os tempos modernos.

Isso não faz com que nenhuma perda seja sentida em nada por ali, principalmente pelo fato da banda ter feito uma gravação analógica, onde eles realmente tocam as músicas como em um show, e isso torna toda a coisa muito mais orgânica.

O trabalho lançado pela parceria Shinigami Records/SPV Records/Sound City Records, tem o fato de que, mesmo com menos impacto do que nos lançamentos originais, as novas versões soam mais pesadas e isso é um prato cheio para os fãs se deliciarem em um bate cabeça. Obviamente, o pacote da coletânea é um grande cartão de visitas aos mais desatentos aos som do grupo, o que pode se tornar um aperitivo para quem deseja se embrenhar pela história do Sodom.

Trabalhos como estes sempre são um verdadeiro desafio, pois se mexer em algo consistente é sempre um tiro no escuro. Porém, aqui a questão foi acertada em cheio e a execução é ótima. Desde a bela capa criada pelo artista Eliran Kantor, ao conteúdo recheado da veia raiz do heavy metal.

Uma bela comemoração de uma data tão importante, e se esse é o presente, ansiamos pelos 50, 60, 100 anos que ainda virão.

NOTA: 8

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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