Resenha: Suotana – “Ounas II”

Com “Ounas II”, o Suotana apresenta uma nova etapa grandiosa de sua saga sonora. O quarto álbum da banda finlandesa mantém sua identidade melódica, mas reforça os elementos de Power Metal e Death Metal com uma aura épica e gélida — como um vendaval ártico condensado em riffs poderosos e arranjos envolventes. Segundo a Metal Temple, esse trabalho surge como um golpe de marreta: “não é suave nem gentil; é como um aríete batendo na sua porta de madeira”.

Lançado pela Reaper Etertameint e distribuído pela Shinigami Records, logo na abertura com “The Flood (In Memoriam)”, há uma sensação ritualística e atmosférica, preparando o terreno para os temas mais agressivos. Faixas como “Foreverland” e “Winter Visions” combinam passagens rápidas e pesadas com melodias cintilantes, reforçando a mistura de brutalidade e beleza que marca o DNA da banda.

Um dos momentos mais memoráveis é “The Crowned King Of Ancient Forest”, descrito tanto na crítica quanto em entrevistas como uma faixa que evoca majestade ao mesmo tempo que transmite melancolia. Mas é com “1473 Ounas” – uma épica de cerca de dez minutos – que o álbum atinge seu ponto alto: a participação da cantora Zoe Marie Federoff-Šmerda traz um contraste dramático, reforçando a dimensão emocional da faixa.

Para encerrar o disco, o Suotana oferece uma versão de “Hatebreeder”, clássico do Children of Bodom, reimaginado com sua própria assinatura: a produção combina crueza e sofisticação, e o vocal de Tuomo Marttinen ressoa tanto com agressividade quanto com reverência ao original.

No aspecto conceitual, “Ounas II” continua a exploração do imaginário nórdico e da natureza selvagem. A Metal Temple ressalta que, apesar de não trazer algo completamente inovador, o álbum conquista pela intensidade, coerência e o prazer de ouvir algo bem executado.

A formação que entrega esse trabalho é composta por Tuomo Marttinen (vocais), Ville Rautio e Pasi Portaankorva (guitarras), Tommi Neitola (teclados), Rauli Alaruikka (baixo) e Rauli Juopperi (bateria).

Em resumo, “Ounas II” é uma mostra de maturidade para o Suotana: um álbum que conserva o espírito de seu predecessor, mas amplia a paleta sonora com ambição, detalhes e atmosfera glacial. Para quem curte melodic death metal com uma veia épico-nórdica, é uma obra que vale a pena mergulhar.

NOTA: 7

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

One thought on “Resenha: Suotana – “Ounas II”

  • novembro 22, 2025 em 10:35 pm
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    Não conhecia essa banda, valeu!!!!

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