Resenha: Tailgunner – “Guns For Hire” (2023)
Uma ode ao tradicional tem se espalhado nos últimos anos pelo mundo do heavy metal. Diversas bandas vem resgatando aquele som mais direto, seco e tradicional lá dos anos 80. O Tailgunner é um desses nomes.
Vindo do Reino Unido, a banda foi formada em 2018, e agora traz seu disco de estreia, “Guns For Hire“, lançado pela Fireflesh Records e distribuído no Brasil pela Shinigami Records.
Começando pela capa, a sensação de nostalgia vai atingir os mais velhos em cheio. Um soldado zumbi com jaqueta de couro e empunhando uma arma futurista, nos remete a filmes de ficcção da época ou algo que poderia ser a capa de algum jogo do Mega Drive ou Super Nintendo. Isca fácil para se aproximar do que se tem ali.
E ao dar o play em “Shadows of War“, os riffs mostram que o registro é algo diferente do que se tem visto por aí atualmente. A ideia é criar um metal linear e de refrão cativante e presente. E acertam em cheio nessa proposta. A faixa título já chega na sequência, e abre feroz, rápida e cheia de padrões de bateria agressivos. O vocalista Craig Cairns encarna uma mistura de James Hetfield e Bruce Dickinson que funciona perfeitamente na pegada que é apresentada aqui. “White Death” continua a agilidade e dinâmica do álbum. Não perde nada o tom e traz solos de guitarras incríveis, um dos melhores do disco, e a influência do Judas Priest salta aos olhos. “Revolution Scream” é mais cadenciada e traz um pouco mais de melodia, mostrando a versatilidade de Cairns que domina a faixa com maestria. O baterista Sammy é da o pique da introdução em “Futures Lost”, que mostra uma música cheia de vigor e com boa dinâmica. Daí para o final nos deparamos com a forte “New Horizons”, que traz mais grandes momentos da bateria, e algo que soa com traços do Metallica encontrando o Helloween, fazendo uma ótima mescla de influências e criando outra ótima música. Entre outras, o encerramento com a longa “Rebirth” e seus oitos minutos, é algo grandioso e encerra o disco com alto nível.
Ao ouvirmos o que temos registrado aqui, entendemos o porque o Tailgunner foi escolhido a dedo para abrir os shows do KK’s Priest, trazendo aquela aura mais simples e de décadas atrás. Aos mais saudosistas, não percam tempo em procurar o material e se esbaldar em cada riff executado aqui.
NOTA: 7