Resenha: WET – APEX (2025)
O W.E.T. retorna com força total em seu mais recente trabalho, “Apex”, reunindo alguns dos músicos mais talentosos do hard rock melódico contemporâneo. O supergrupo, formado por Jeff Scott Soto (Talisman, Yngwie Malmsteen, Journey), Erik Martensson e Magnus Henriksson (Eclipse), Robert Säll (ex-Work of Art), Andreas Passmark (ex-Work of Art) e o baterista Jamie Borger (Talisman, Treat, Last Autumn’s Dream), prova mais uma vez que sua fórmula continua afiada mesmo após quase duas décadas de estrada. O disco é lançado pela parceria Frontiers Records e Shinigami Records.
O álbum abre com a explosiva “Believer”, que já mostra todos os elementos que definem o estilo da banda: riffs pesados, refrões gigantes e a voz impecável de Soto conduzindo a faixa como um verdadeiro hino. Em seguida, “This House is On Fire” reforça o poder das composições com o diferencial dos vocais divididos entre Soto e Martensson, algo que dá ainda mais dinamismo ao resultado.
A sequência mantém o fôlego com “What Are We Fighting For?”, que equilibra agressividade e melodia em um dos refrães mais fortes do disco. Logo depois, “Love Conquers All” oferece um respiro com sua pegada mais cadenciada, mostrando a capacidade da banda em criar baladas grandiosas sem perder impacto.
Entre os destaques da parte central do álbum, “Where Are The Heroes Now” e “Breaking Up” reafirmam a pegada pesada, mas sempre carregada de melodia, com riffs que remetem à melhor fase do Talisman e solos inspirados de Henriksson. Já “Nowhere to Run” e “Pay Dirt” mantêm a energia lá no alto, mesmo que a segunda seja um pouco menos marcante em relação às demais.
A reta final reserva algumas das melhores surpresas: “Pleasure and Pain” traz um clima sombrio que cresce até explodir em um refrão monumental; “Stay Alive” adiciona uma pegada mais moderna e próxima do som do Eclipse; e “Day by Day” encerra a jornada de forma vibrante, reafirmando a essência da banda em um hino melódico e cheio de energia.
Com “Apex”, o W.E.T. reafirma sua posição de destaque no hard rock melódico, entregando um disco coeso, cheio de ganchos e produzido com atenção aos mínimos detalhes, mas sem perder a naturalidade e a energia que marcam a melhor música do gênero. É um trabalho que não apenas satisfaz os fãs mais fiéis, mas também pode conquistar qualquer amante de rock que valorize peso, melodia e grandes interpretações vocais.
Em resumo, trata-se de um lançamento essencial para quem acompanha a cena e uma prova de que o hard rock melódico ainda tem muito a oferecer quando executado com paixão e talento.
NOTA: 8