Roberto Medina fala sobre a falta de rock no Rock in Rio 2024: “poucas bandas que podem atrair 100 mil pessoas”

Mesmo contando com nomes clássicos como Journey e o Deep Purple, e nomes de peso da nova safra como Avenged Sevenfold e o Evanescence, a edição do Rock in Rio de 2024 foi a que menos contou com bandas de rock.

Em entrevista ao G1, o fundador do festival, Roberto Medina falou sobre a ausência de mais nomes do estilo na edição e diz:

“As grandes bandas de metal e rock pesado, como Metallica, têm agendas muito complexas. Sempre que houver oportunidade, traremos essas bandas. O Rock in Rio tem a vantagem de reunir a maior plateia do mundo, mas também é difícil encontrar bandas que possam atender a essa demanda. No topo da pirâmide, há poucas bandas que podem atrair 100 mil pessoas. São no máximo 30 bandas que podem ter uma performance deste tipo de dimensão. A grande vantagem do Rock in Rio é que ele é o próprio headliner. As pessoas vão ao festival para viver a experiência, não apenas para ver uma atração específica. Temos pesquisas que mostram isso: 50% vai para ver algum artista e 50% vão pelo festival. É emocionante ver pessoas com a marca do Rock in Rio tatuada. Isso não tem a ver com a banda A ou B, mas com a experiência vivida lá.”

Medina ainda falou sobre, o que ele chama de “lenda”, que no primeiro Rock in Rio só tocaram bandas de rock:

“Sempre procurei diversificar. Tivemos axé, Elba Ramalho… Com a dimensão da música sertaneja, do trap e do funk cada vez mais presentes no streaming e na mídia, é natural que o Rock in Rio, sendo um evento democrático, busque representar esses ritmos.

O festival é uma festa, nunca foi um festival só de rock. Às vezes, o nome gera um pouquinho de confusão, né? Na época que eu criei, rock não era só um estilo, era um estado de espírito, uma coisa meio disruptiva. Essa conversa de que só tinha rock no festival e não tem mais é uma lenda urbana.

Falam que antes era rock e agora não tem mais rock como no início. Não é verdade. Mas isso é bacana, acho que é legal o debate. Isso mostra que as pessoas se importam com o Rock in Rio”

Roberto Medina ainda disse que não desistiu da possibilidade de agregar o k-pop ao Rock in Rio.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

One thought on “Roberto Medina fala sobre a falta de rock no Rock in Rio 2024: “poucas bandas que podem atrair 100 mil pessoas”

  • janeiro 16, 2025 em 9:35 pm
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    Ainda bem que eu nem curto essa coisas do Pop in rio, é so mudar de canal ou não ir ao show!!!! Deixa para os fãs de Refrões shorões do Sertanejo Universitário e outras coisas ridículas!!!! Aliás eu não uso o termo ¨Rock¨há muito tempo quando me perguntam que estilo musical eu curto…simplesmente cito as bandas que eu curto e mais nada, porque Rock virou sinônimo de porcaria por causa do Pop in Rio!!!! Valeu!!!!

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