Rush: 47 anos de “Hemispheres”

Há 47 anos, em 29 de outubro de 1978, o Rush lançava “Hemispheres“, o 6° disco da carreira do maior Power-Trio da história da música. E o nosso bate-papo desta quarta-feira vai dar atenção especial a essa clássico do Rock Progressivo dos anos 1970.

Em maio de 1978, o trio encerrou sua turnê de 9 meses que passou por Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, para a divulgação do álbum anterior, que tinha em “Closer to the Heart” o seu grande hit, que alcançou a 36ª posição na categoria de singles do chart britânico. Após um breve período de pausa, eles se reuniram para o processo de composição e gravação do novo play. Eles se reuniram no “Rockfield Studios”, no País de Gales, com o companheiro de longa data, Terry Brown assinando a produção. A escolha por um estúdio no Reino Unido, segundo Geddy Lee, foi uma opção natural, uma vez que ele afirmou também que a banda foi influenciada por bandas britânicas. Banda e produtor ficaram trancafiados no estúdio entre junho e julho de 1978, até então, o maior período que eles ficaram gravando.

Após o término do gravação, os músicos tiraram seis semanas de férias. Neil Peart certa vez lembrou que todos estavam exaustos ao final do processo. Geddy Lee, por sua vez, afirmou que toda a banda subestimou o nível de superação que almejavam.

A capa é assinada pelo artista Hugh Syme e a figura, que consiste em um homem do lado esquerdo de um cérebro humano, olhando para um outro homem nu em posição de balé, é inspirada na pintura “The Son of Man“, de René Magritte. A ideia foi de Neil Peart, que refletia sobre os lados direito e esquerdo, além das partes apolínea e dionisíaca do cérebro. Syme pegou o cérebro emprestado da faculdade de Medicina de Toronto para fotografar e depois construir a imagem final da capa.

Botando a bolacha para rolar… São apenas 4 canções, que fazem com que o disco mais se pareça com um EP do que propriamente um full- lenght. A faixa número 1, “Cygnus X-1 (Book II: Hemispheres)” tem 18 minutos, metade da duração de todo álbum, e é subdividida em seis partes. Os grandes destaques do álbum ficam por conta das músicas “The Trees” e “La Villa Strangiato (An Exercise in Self-Indulgence)”, que eram sempre tocadas nos shows da banda.

São 36 minutos, duração de disco de Punk Rock, mas é a nata do Rock Progressivo nos brindando com o melhor do que uma banda extremamente técnica pode nos apresentar. “Hemispheres” foi super aclamado pela crítica e é reconhecido como um dos melhores discos de Rock Progressivo dos anos 1970.

Para divulgar o play, a banda saiu em turnê que contemplou Canadá, Estados Unidos e Europa, que tiveram início em outubro de 1978 e se findaram em junho de 1979. Uma das apresentações, no festival Pinkpop, foi gravada e lançada na edição de 40 anos de “Hemispheres“, em 2018, como CD bônus, sendo essa um dos vários relançamentos do álbum ao longo da história.

Hemispheres” foi certificado com Disco de Prata no Reino Unido e Platina nos Estados Unidos e Canadá. Nos charts, 14° no Canadá e no Reino Unido, 47° na “Billboard 200” e 178° na Holanda. São bons números tendo em conta que se trata de um álbum de Rock Progressivo e com músicas mais longas do que o normal. Mais do que isso, o álbum é um março dessa banda que não lançou nenhum disco ruim durante seus quase cinquenta anos de duração.

Enfim, um ótimo álbum lançado por esta que certamente foi a maior banda de Progressivo que já passou pelo mundo e hoje é dia de celebrar este belíssimo álbum é de encher nossos corações de alegria, pois o Rush anunciou que irá fazer uma turnê em 2026, acompanhados pela baterista alemã Anika Nilles. Fica a torcida para que eles possam vir ao Brasil.

Hemispheres – Rush
Data de lançamento – 29/10/1978
Gravadora – Anthem

Faixas:
01 – Cygnus X-1 (Book II: Hemispheres)
02 – Circumstances
03 – The Trees
04 – La Vila Strangiato (An Exercise in Self- Indulgence)

Formação:
Geddy Lee – vocal/ baixo/ sintetizadores
Alex Lifeson – guitarra
Neil Peart – bateria/ percussão

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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