Savage Grace – “Sign of the Cross” (2023)
O Savage Grace está de volta, 37 longos anos após seu último disco de estúdio, “After The Fall From Grace“. É claro que destes 37 anos sem lançamentos, a banda ficou 27 em inatividade. Agora eles estão de volta com o excelente “Sign of the Cross“.
Chris Logue é hoje o único membro original do Savage Grace e montou um timaço para gravar o terceiro álbum da discografia de sua banda: para o vocal, veio o excelente vocalista porto-riquenho Gabriel Colón e para a cozinha, dois monstros do Metal brasileiro: o baixista Fabio Carito e o baterista Marcus Dotta, que já tocam juntos há anos e acumulam experiência com gente do gabarito de Warrel Dane, Roland Grapow, Udo, Tim “Ripper” Owens.
Para quem não conhece a banda, o Savage Grace foi formado no ano de 1981 e o nome foi sugerido por ninguém menos que Randy Rhoads, uma vez que seu irmão, Kelly Rhoads fez parte da primeira formação. Eles se separaram em 1992, tiveram um breve retorno em 2009 e 2010 e estão novamente na ativa desde o ano de 2020.
Somente agora Chris Logue resolveu compor e lançar um novo álbum, que contou com a produção do próprio Chris e mixagem e masterização de ninguém menos que Roland Grapow. O play foi lançado no final de maio pelo selo alemão Massacre Records. Infelizmente não haverá versão nacional, portanto, quem quiser adquirir uma cópia, terá que importar ou se contentar com o que for disponibilizado nas plataformas de streaming.
O álbum vai agradar em cheio aos fãs de Heavy Metal tradicional/ NWOBHM. Há faixas que lembram demais o que já foi feito por Judas Priest (“Barbarians at the Gate” e “Sign of the Cross“, a faixa título e “Slave of Desire“, disparada, a melhor), outras que lembram o Helloween da fase áurea (“Automotion” e “Rendezvous“). São dez músicas em 52 minutos e o resultado é pra lá de bom. O vocalista Gabriel Colón mostra que não a toa é comparado a Rob Halford e Ian Gillan, seu alcance vocal é incrível. O trabalho da cozinha dispensa comentários, é simplesmente fantástico. A produção é que deixou um pouco a desejar e faz com que o som fique datado. Talvez tenha sido proposital, para soar vintage, mas poderia ser melhorado.
A capa também é muito bela por sinal e também tem a marca brasileira inserida, pois é assinada por Daniela Overgoor. “Sign of the Cross” é um bom álbum e marca o retorno do Savage Grace em grande estilo. O Metal vai sobrevivendo enquanto alguns insistem que ele está morto ou fadado a morte.
NOTA: 8,0